terça-feira, 5 de junho de 2012

Chamem o Lacerda

Sebastião Nery
Em 1965, Carlos Lacerda, governador da Guanabara, foi ao Japão, à Índia e ao Líbano, em visita oficial. No Líbano, esperando-o, os deputados Jorge Curi (UDN do Paraná, depois cassado pelo golpe militar) e padre Godinho (UDN de São Paulo, também cassado pelos militares).
À noite, foram levados a um cassino em Beirute, maravilhoso. Depois do show, a roleta. Padre Godinho ficou de fora da banca, não por virtude, porque sorte não é pecado, mas por medo da traição das fichas.
Lacerda e Jorge começaram a jogar. Jorge, também libanês, zangado com as fichas conterrâneas, não acertava uma. Lacerda, naquele audacioso rompante de sempre, pegou todas as fichas e arriscou numa parada só. Deu. Recebeu, arriscou tudo de novo. Deu novamente. Reuniu tudo e fez a terceira parada total. Acertou na cabeça. Jorge e o padre extasiados:
- Carlos, você fez três plenos. É dificílimo. Ganhou uma fortuna.
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