terça-feira, 31 de janeiro de 2012

é bom relembrar


POUCA GENTE SABE DISTO, VAMOS ESCLARECER...

ACREDITE SE QUISER:
PAULO BERNARDO
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MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES É MARIDO DA SENADORA
 GLEISI HOFFMANN
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CHEFE DA CASA CIVIL.

GILBERTO CARVALHO
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SECRETÁRIO GERAL DA PRESIDÊNCIA É IRMÃO DA MIRIAN BELCHIOR
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MINISTRA DO PLANEJAMENTO.

ESSA MIRIAN BELCHIOR JÁ FOI CASADA COM O CELSO DANIEL
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EX-PREFEITO DE SANTO ANDRÉ, QUE MORREU ASSASSINADO.
VOCÊ SABIA E NÃO CONTOU PRA NINGUÉM?
A doutora Elizabete Sato
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delegada que foi escalada para investigar o processo sobre o assassinato do Prefeito de Santo André, Celso Daniel é tia de Marcelo Sato
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marido da Lurian da Silva
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que, apenas por coincidência, é filha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Exatamente: Marcelo Sato, o genro do ex presidente da República, é sobrinho da DelegadaElisabete Sato, Titular do 78º DP, que demorou séculos para concluir que o caso Celso Danielfoi um "crime comum", sem motivação política.
Também apenas por coincidência, Marcelo Sato é dono de uma empresa de assessoria que presta serviços ao BESC - Banco de Santa Catarina (federalizado), no qual é dirigente Jorge Lorenzetti
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(churrasqueiro oficial do presidente Lula e um dos petistas envolvidos no escândalo da compra de dossiês).

E ainda, por outra incrível coincidência, o marido da senadora Ideli Salvatti (PT)
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é o Presidente do BESC.

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CONCLUSÃO:

"OS POVO TÁ DORMINDO. NÓIS TÁ ACORDADO. NÓIS CUMPANHERO DA INTERNET SOMO VERDADERAMENTE UNIDO PRA FAZÊ O QUE NUNCA ANTES FOI FEITO NESSE PAÍS:
OU A CORRUPÇÃO PARA OU NÓIS PARA O BRASIL!

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SEJA PATRIOTA: Passe adiante.

O GOVERNO DA IMENSA MAIORIA DAS MASSAS POPULARES SE FAZ POR UMA MINORIA PRIVILEGIADA.ESSA MINORIA,PORÉM,DIZEM OS MARXISTAS,COMPOR-SE-Á DE OPERÁRIOS.SIM,COM CERTEZA,DE ANTIGOS OPERÁRIOS,MAS QUE,TÃO LOGO SE TORNEM GOVERNANTES OU REPRESENTANTES DO POVO,CESSARÃO DE SER OPERÁRIOS E PÔR-SE-ÃO A OBSERVAR O MUNDO PROLETÁRIO DE CIMA DO ESTADO;NÃO MAIS REPRESENTARÃO O POVO,MAS A SI MESMOS E SUAS PRETENSÕES DE GOVERNÁ-LO.QUEM DUVIDA DISSO NÃO CONHECE A NATUREZA HUMANA.
MIKHAIL BAKUNIN


sábado, 28 de janeiro de 2012

Juízes veem conspiração de mensaleiros contra STF

Juízes veem conspiração de mensaleiros contra STF

Foto: Divulgação

POR TRÁS DOS ATAQUES AO JUDICIÁRIO, HAVERIA O INTERESSE DAQUELES QUE PODEM VIR A SER JULGADOS NESTE ANO PELO MAIOR ESCÂNDALO DA HISTÓRIA DO PAÍS; CASO FOI RELATADO POR JOAQUIM BARBOSA (ESQ.), SERÁ RELATADO POR RICARDO LEWANDOWSKI (DIR) E JULGADO NA CORTE PRESIDIDA POR CESAR PELUSO

Por Agência Estado
28 de Janeiro de 2012 às 07:35Agência Estado
Com os nervos à flor da pele, resultado da crise de credibilidade após revelações de movimentações financeiras atípicas de magistrados, a elite da toga, reunida em Teresina, apontou ontem interesses de “emparedar” o Supremo Tribunal Federal exatamente no ano em que será julgado o maior escândalo da Era Lula.
O mensalão pode ser o pano de fundo da turbulência que atravessa a magistratura, desconfiam líderes da classe, doutos desembargadores e desembargadoras que presidem os 27 Tribunais de Justiça do País e que estão reunidos desde quinta-feira para debater o “aprimoramento das atividades” do Poder que julga.
Sem citar explicitamente os nomes dos inimigos - por cautela, até que se prove o contrário, como manda o rito processual, adotam o silêncio quando instados a identificar quem os aflige - magistrados acreditam que “alguns réus” do processo criminal que desafia o STF ou pessoas ligadas a eles estão à sombra de uma trama bem urdida para desestabilizar o Judiciário. Entre os 38 réus do mensalão, pontuam os magistrados, vários ainda têm força política aqui e ali.
“O Supremo está emparedado por pessoas que querem abalar os alicerces do Judiciário”,brada Henrique Nélson Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a mais poderosa e influente entidade da toga, com 15 mil magistrados a ela agregados.
“Que processo o Supremo vai julgar proximamente? O mais importante de todos os processos”, diz Calandra. “Alguns réus podem estar por trás disso (dos ataques à toga). Que tem, tem. Eu não estou falando do Zé Dirceu (ex-ministro chefe da Casa Civil de Lula), ele foi meu colega da faculdade. Mas é estranhíssimo que no dia em que o ministro Joaquim Barbosa (relator do mensalão) passa o processo para Lewandowski aí vem essa onda toda, que ele (ministro Ricardo Lewandowski) levantou (pagamentos acumulados do TJ-SP). Acho que tem alguma coisa esquisita nisso tudo”, sentencia Calandra.
O desembargador Marcus Faver, dirigente máximo do Colégio de Presidentes dos TJs, também faz suas conjecturas. “O Judiciário brasileiro está sofrendo um abalo nas suas estruturas. A quem interessa abalar as estruturas de um Poder constituído e que defende os princípios democráticos de um País?”, indaga Faver, que foi presidente do Tribunal de Justiça do Rio e integrou a primeira composição do CNJ.
“Pode até ser gente de fora (do rol dos mensaleiros), não é? Mas ligada a esse grupo”, conspira o presidente da AMB.
Ivan Sartori, presidente do TJ de São Paulo, maior corte do País vai na mesma toada. “Acho que existe sim um movimento contra o Supremo. Não sei qual é a razão. Há várias especulações. Esse movimento vem de lados que não sabemos de onde, mas que vem se utilizando da imprensa com certeza. Alguns especulam que seria do caso do mensalão, outros especulam que seria simplesmente uma divergência, uma dissonância entre o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e o Supremo. A verdade é que existe uma situação de hostilidade, pelo menos a imprensa demonstra, contra o STF por interesses que não sabemos, por enquanto, quais são. Vamos ter que apurar”, prega Sartori.
Com a palavra Edvaldo Pereira de Moura, desembargador, presidente do TJ do Piauí, 64 anos, “magistrado de carreira desde 14 de julho de 1977”: “O que a gente percebe, não é de hoje, é que parece que existe um movimento orquestrado de descrédito e desmoralização da Justiça. É difícil a gente apontar esse ou aquele por esse movimento, mas a gente percebe esse interesse. O Calandra indica que esse processo (do mensalão) é que motivaria essa preocupação com a desestabilização”.
Autonomia preservada
Ao fim do encontro, os magistrados endossaram, por unanimidade, carta em que manifestam a preocupação com a crise. Com apenas quatro itens, a carta manifesta “profunda preocupação com o momento vivido pelo Poder Judiciário em face da notória exposição negativa a que tem sido submetido em detrimento da democracia”. Enfatizam, ainda, “a importância de ser integralmente preservada a autonomia dos tribunais”. Sobre a divulgação das movimentações financeiras da classe, cutucam o CNJ ao enfatizar que “o ordenamento jurídico brasileiro impõe a necessidade de autorização judicial para a quebra de sigilo fiscal e bancário, em respeito à dignidade humana”.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Excelentíssimo Sr.. Presidente da República Federativa do Brasil.


> Manifesto meu total apoio ao seu esforço de modernização do nosso país.
> Como cidadão comum, não tenho muito mais a oferecer além do meu
> trabalho, mas já que o tema da moda é Reforma Tributária , percebi que
> posso definitivamente contribuir mais.

> Vou explicar:
> Na atual legislação, pago na fonte 27,5% do meu salário...
> Como pode ver, sou um brasileiro afortunado. Sou obrigado a concordar
> que é pouco dinheiro para o governo fazer tudo aquilo que promete ao
> cidadão em tempo de campanha eleitoral.
> Mesmo juntando ao valor pago por dezenas de milhões de assalariados!

> Minha sugestão é invertermos os percentuais:
> A partir do próximo mês autorizo o Governo a ficar com 72,5% do meu
> salário...
> Portanto, eu receberia mensalmente apenas 27,5% do resultado do meu
> Trabalho mensal.

> Funcionaria assim: Eu fico com 27,5% limpinhos, sem qualquer ônus...

> O Governo fica com 72,5% e leva as contas de:
> -Escola;
> -Convênio médico ;
> -Despesas com dentista;
> -Remédios;
> -Materiais escolares ;
> -Condomínio;
> -Água;
> -Luz ;
> -Telefone;
> -Energia;
> -Supermercado ;
> -Gasolina;
> -Transporte Escolar ou Coletivo, como preferir
> -Vestuário;
> -Lazer ;
> -Pedágios;
> -Cultura;
> -CPMF;
> -IPVA;
> -IPTU;
> -ISS;
> -ICMS;
> -IPI;
> -PIS;
> -COFINS ;
> -Segurança;
> -Previdência privada e qualquer taxa extra que por ventura seja
> repentinamente criada por qualquer dos Poderes Executivo, Legislativo
> e Judiciário.

> Um abraço Sra. Presidenta e muito boa sorte, do fundo do
> meu coração!

> Ass.: Um trabalhador que já não mais sabe o que 
> fazer para conseguir sobreviver com dignidade.

> PS: Podemos até negociar o percentual !!!

> Agora vejam só a farra do Congresso Nacional :

> Salário:.................................................... ........R$ 12mil;
> Auxílio-moradia..............................................R$ 3 mil;
> Verba para despesas "comprovadas"...............R$ 7 mil;
> Verba para assessores...................................R$ 3,8 mil;
> Para 'trabalharem' no recesso.................. .......R$ 25,4 mil;
> Verba de gabinete mensal..............................R$ 35 mil; e mais
> Transporte: Passagens aéreas de ida e volta a Brasília/mês;
> Direito a "contratar" 20 servidores para seu gabinete;
> 13º e 14º salários, no fim e no início de cada ano legislativo; e 90 dias
> de férias anuais e folga remunerada de 30 dias.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Fusca celebra 53 anos no Brasil

Fusca celebra 53 anos no Brasil

Foto: Divulgação

EVENTO DE COLECIONADORES IRÁ REUNIR CERCA DE 500 UNIDADES DO CARRO PARA COMERCIALIZAÇÃO; VEJA AQUI GALERIA DE IMAGENS

20 de Janeiro de 2012 às 16:57
247 - Um dos carros mais queridos pelos brasileiros celebra 53 anos nesta sexta-feira, 20. Milhares de fãs em todo país comemoram a data que marca a chegada das primeiras unidades do Volkswagen Fusca ao país em 1950. O modelo foi o primeiro carro fabricado pela empresa alemã Volkswagen. Após a fabricação, o carro foi chamado de inicialmente de VW Sedan, o modelo foi fabricado até 1986 no Brasil.
Já na década de 80, o modelo se tornou o carro mais vendido do mundo, ultrapassando em 1972 o recorde do Ford Modelo T. O último modelo de Fusca foi fabricado no México em 2003. Mesmo considerado uma relíquia por motoristas brasileiros, o Fusca foi tirado de linha em 1996, no entanto, colecionadores continuam desfilando seus modelos pelas ruas.
O Fusca foi criado na década de 30 para ser o carro do povo. O projeto foi um pedido de Adolf Hitler ao austríaco Ferdinand Porsche. O carro, produzido em diversas cores, se tornou popular pelo preço baixo, praticidade e fácil reposição de peças. Atualmente, o carro continua sendo o modelo mais vendido do mundo, com 21 milhões de unidades comercializas em 75 anos de existência.

Para comemorar a data, o Fusca Clube Brasil irá realizar um encontro de colecionadores com mais de 500 modelos no shopping Metrópole, no próximo domingo, 22, a partir das 9h. O clube foi fundado em maio de 1985 e reúne peças de coleções exclusivas e modelos para comercialização. Serão aceitos no evento apenas os modelos refrigerados a ar e os com refrigeração a água com mais de 20 anos. O ingresso para o evento será dois quilos de alimentos não perecíveis, que serão doados para uma instituição de caridade. 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ildo Sauer denuncia como José Dirceu entregou o Pré-Sal para Eike Batista.

Você merece saber.




 A maior entrega da história do Brasil
Publicamos parte da importantíssima entrevista do professor Ildo Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo, concedida a Pedro Estevam da Rocha Pomar e Thaís Carrança, da revista da Associação dos Docentes da USP (Adusp).


Considerado um dos maiores especialistas em energia do país, ex-diretor da Petrobras no primeiro governo Lula, Sauer conta como foi descoberto o Pré-Sal e denuncia o lobby feito por José Dirceu para entregar a Eike Batista a maior parte das reservas.



“--Revista Adusp:
 Você ainda estava na Petrobras, quando o Pré-Sal foi descoberto?

--Ildo Sauer
 - Eu ajudei a tomar essa decisão. Nós tomamos essa decisão, não sabíamos quanto ia custar. O poço de Tupi custou US$ 264 milhões, para furar os 3 km de sal e descobrir que tinha petróleo. O Lula foi avisado em 2006 e a Dilma também, de que agora um novo modelo geológico havia sido descoberto, cuja dimensão era gigantesca, não se sabia quanto. Então, obviamente, do ponto de vista político, naquele momento a nossa posição, de muitos diretores da Petrobras, principalmente eu e Gabrielli, que tínhamos mais afinidade política com a proposta do PT de antigamente, a abandonada, achávamos que tinha que parar com todo e qualquer leilão, como aliás foi promessa de campanha do Lula.

Na transição, ainda a Dilma falou, “não vai ter mais leilão”. 
Mas se subjugaram às grandes pressões e mantiveram os leilões.” 

Fernando Henrique fez quatro, Lula fez cinco.

Lula entregou mais áreas e mais campos para a iniciativa privada do petróleo do que Fernando Henrique.

Um ex-ministro do governo Lula e dois do governo FHC foram assessorar Eike Batista. O que caberia a um governo que primasse por dignidade? Cancelar o leilão. Por que não foi feito? Porque tanto Lula, quanto Dilma, quanto os ex-ministros, estavam nessa empreitada.


--Revista Adusp: 
Mas Gabrielli era contra e acabou concordando?

--Ildo Sauer
- Não. A Petrobras não manda nisso, a Petrobras é vítima, ela não era ouvida. Quem executa isso é a ANP [Agência Nacional do Petróleo], comandada pelo PCdoB, e a mão de ferro na ANP era da Casa Civil. Então a voz da política energética era a voz da Dilma, ela é que impôs essa privatização na energia elétrica e no petróleo. 
Depois do petróleo já confirmado em 2006, a ANP criou um edital pelo qual a Petrobras tinha limitado acesso. Podia ter no máximo 30% ou 40% dos blocos, necessários para criar concorrência. Porque, em 2006, Tupi já havia sido furado e comunicado. O segundo poço de Tupi, para ver a dimensão, foi feito mais adiante, esse ficou pronto em 2007. Só que o Lula e a Dilma foram avisados pelo Gabrielli em 2006.
Muitos movimentos sociais foram a Brasília, nós falávamos com os parlamentares, os sindicatos foram protestar. O Clube de Engenharia, que é a voz dos engenheiros, mandou uma carta ao Lula, em 2007, pedindo para nunca mais fazer leilão.



Em 2005-6, o Rodolfo Landim, o queridinho do Lula e da Dilma, saiu da Petrobras. Porque o consultor da OGX, do grupo X, do senhor Eike Batista, era o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e ele sugeriu então que Eike entrasse no petróleo. Aí ele contratou o Landim, que começou a arquitetar. Como o centro nevrálgico da estratégia da Petrobras é a gerência executiva de exploração, o geólogo Paulo Mendonça, nascido em Portugal, formado aqui na USP, e o Landim, articularam para em 2007 criar uma empresa nova, a partir dos técnicos da Petrobras. E o senhor Eike Batista queimou alguns milhões de dólares para assinar os contratos e dar as luvas desses novos cargos, que estavam dentro da Petrobras mas, desde que o Landim foi trabalhar com o senhor Batista, ele já estava lá para arrancar de dentro da Petrobras esses técnicos.

Aí chegou o fim de 2007, todos nós pressionando para não ter mais leilão, o Lula tira 41 blocos… 
Mas vamos voltar a 2006. Em 2006, quem anulou o leilão foi a Justiça, por discriminação contra a Petrobras fazer essas coisas. Ouvi isso da Jô Moraes, num debate na Câmara dos Deputados.
Só que aí se criou o seguinte imbróglio: um ex-ministro do governo Lula e dois do governo Fernando Henrique, Pedro Malan e Rodolpho Tourinho, foram assessorar o Eike Batista. Ele já tinha gasto um monte para criar sua empresa de petróleo. Se o leilão fosse suspenso, ele ia ficar sem nada, e já tinha aliciado toda a equipe de exploração e produção da Petrobras.
O que caberia a um governo que primasse por um mínimo de dignidade para preservar o interesse público? 
Cancelar o leilão e processar esses caras que saíram da Petrobras com segredos estratégicos. Por que não foi feito? 
Porque tanto Lula, quanto Dilma, quanto os ex-ministros, os dois do governo anterior e um do governo Lula, estavam nessa empreitada.

--Revista Adusp:
Quem era o ex-ministro?
--Ildo Sauer –
 O ex-chefe da Casa Civil, antecessor de Dilma.—
Revista Adusp:
 José Dirceu?
--Ildo Sauer –
É, ele foi assessor do Eike Batista, consultor. Para ele, não era do governo, ele pegou contrato de consultoria, para dar assistência nas negociações com a Bolívia, com a Venezuela e aqui dentro. Ele, Dirceu, me disse que fez isso. Do ponto de vista legal, nenhuma recriminação contra ele, digamos assim. Eu tenho recriminação contra o governo que permitiu se fazer.

E hoje ele, Eike, anuncia ter 10 bilhões de barris já, que valem US$ 100 bilhões. Até então, esse senhor Batista era um milionário, tinha cerca de US$ 200 milhões. Todo mundo já sabia que o Pré-Sal existia, menos o público, porque o governo não anunciou publicamente. As empresas que operavam sabiam, tanto que a Ente Nazionale Idrocarburi D’Italia (ENI) pagou US$ 300 milhões por um dos primeiros poços leiloados em 2008. Três ou quatro leilões foram feitos quando o leilão foi suspenso pela justiça. Até hoje, volta e meia o [ministro] Lobão ameaça retomar o leilão de 2008, 2006. A oitava rodada. Para entregar. Tudo em torno do Pré-Sal estava entregue naquele leilão. No leilão seguinte, o governo insiste em leiloar. E leiloou. E na franja do Pré-Sal é que tem esse enorme poderio.
Como é que pode? A empresa dele (Eike) foi criada em julho de 2007. Em junho de 2008 ele fez um Initial Public Offering, arrecadou R$ 6,71 bilhões por 38% da empresa, portanto a empresa estava valendo R$ 17 bilhões, R$ 10 bilhões dele. Tudo que ele tinha de ativo: a equipe recrutada da Petrobras e os blocos generosamente leiloados por Lula e Dilma. Só isso. Eu denunciei isso já em 2008. Publicamente, em tudo quanto é lugar que eu fui, eu venho falando para que ficasse registrado antes que ele anunciasse as suas descobertas. Porque fui alertado pelos geólogos de que lá tinha muito petróleo.
Foi um acordo que chegaram a fazer, numa conversa entre Pedro Malan, Rodolpho Tourinho e a então ministra-chefe da Casa Civil (Dilma), em novembro, antes do leilão. 
O Lula chegou a concordar, segundo disse o pessoal do MST e os sindicalistas, em acabar com o leilão. Mas esse imbroglio, de o empresário ter gasto dezenas de milhões de dólares para recrutar equipe e apoio político nos dois governos fez com que eles mantivessem… 
Tiraram o filé-mignon, mas mantiveram o contra-filé. O contra-filé é alguém que hoje anuncia ser o oitavo homem mais rico do mundo.
E tudo foi mediante essa operação no seio do governo. Contra a recomendação dos técnicos da Petrobras, do Clube de Engenharia, do sindicalismo.

Foi a maior entrega da história do Brasil. 

O ato mais entreguista da história brasileira, em termos econômicos.


Pior, foi dos processos de acumulação primitiva mais extraordinários da história do capitalismo mundial.

 Alguém sai do nada e em três anos tem uma fortuna de bilhões de dólares.

A Petrobras durante a vida inteira conseguiu descobrir 20 bilhões de barris de petróleo, antes do Pré-Sal. 
Este senhor Eike Batista, está no site da OGX, já tem 10 bilhões de barris consolidados. Os Estados Unidos inteiros têm 29,4 bilhões de barris. Ele anuncia que estará produzindo, em breve, 1,4 milhão de barris por dia — o mesmo que a Líbia produz hoje.
É esse o quadro. 
Ou a população brasileira se dá conta do que está em jogo, ou o processo vai ser o mesmo de sempre. Do jeito que foi-se a prata, foi-se o ouro, foram-se as terras, irão também os potenciais hidráulicos e o petróleo, para essas negociatas entre a elite. O modelo aprovado não é adequado. Mantém-se uma aura de risco sem necessidade, para justificar que o cara está “correndo risco”, mas um risco que ele já sabe que não existe.



Qual é a nossa proposta?


Primeiro, vamos mapear as reservas: saber se temos 100 bilhões, 200 bilhões, 300 bilhões de barris.

Segundo, vamos criar o sistema de prestação de serviço: a Petrobras passa a operar, recebe por cada barril de petróleo produzido US$ 15 ou US$ 20, e o governo determina o ritmo de produção. Porque há um problema: a Arábia Saudita produz em torno de 10 milhões de barris, a Rússia uns 8 milhões de barris, depois vêm os outros, com 2 a 4 milhões de barris por dia: Venezuela, Iraque, Irã. O Eike Batista anuncia a produção de 1,4 milhão de barris, a Petrobras anuncia 5 milhões de barris e pouco. Significa que o Brasil vai exportar uns 3 ou 4 milhões de barris.