segunda-feira, 22 de junho de 2015

Licitação. Processo Licitatório

Wanderley Farias


Eu já participei muito desse processo licitatório. Participei de várias licitações
Já vi e notei  muitas “armações”. Não é um procedimento iniciado pelo PT, nem por qualquer partido político. Sejamos justos.  Já está entranhado na natureza da população. Na natureza das empresas.
Já verifiquei e constatei empresas que “venceram” uma licitação, oferecendo um preço inexequível. Ao ser inquirido ao presidente da Comissão de Licitação que já se via a impossibilidade de execução do serviço pelo preço oferecido, a resposta era: é o menor preço e o problema era do vencedor, se era inexequível ou não. Mas nada era feito. Isto em serviço das Forças Armadas e assim em quase todas.
A Petrobrás já era um cartel há tempo. Era impenetrável. Algumas empresas nem se propunham a participar, pois existia um espécie de “igrejinha” armada. Quem está fora não entra.
Já vi licitações que uma só pessoa chegava portando várias propostas, de diferentes empresas, todas feitas no mesmo local. Logicamente não tinham a mesma apresentação. Era feito de forma para disfarçar.  No tempo da máquina de escrever era feito com esferas diferentes. Isto é bem antigo, já nem se usa mais a máquina de escrever. Atestados de capacidade eram manuseados  ao bel prazer da parte interessada. Sempre feito pelo prestador do serviço, jamais pelo do tomador.  
Vi muita coisa, propostas serem lançadas pela janela do prédio, onde estava sendo realizada a licitação, porque o participante foi descuidado e não estava no esquema.
Mas o que o PT fez foi a institucionalização da pilantragem. Ele oficializou a mesma, se tornando o centro e o principal fim e começo dos interesses da propina e do suborno.
Eu coloco todos os ramos que participavam e participam no mesmo barco. Mão de obra de limpeza, de segurança e vigilância. Fornecimento de equipamentos e tudo mais. Aí eu posso citar a Petrobrás, a Caixa Econômica, o Banco do Brasil, os Hospitais Civis e/ou Militares, tanto os estaduais, como os federais.
Novas empresas surgindo do nada. Empresários que se apresentavam como se fossem loucos e acreditássemos que estavam prontos a dar o bote no mercado licitatório.
Não é o PT. Não é o PT pai disto. Somos nós, com a mania de querer tirar vantagem de tudo e de todos. Não é o pai não, mas é o padastro, o que fez por ambição de uns poucos, para tentar se manter na direção, tirando vantagens. Roubando e ludibriando, como nunca se fez no país.