sábado, 31 de maio de 2014

Lethal Dose - Pride (Ultraviolence Live Sessions)

O GOLPE COMUNISTA SERÁ DADO EM JULHO DE 2014 !!!

Aricildes
“O EXÉRCITO BRASILEIRO TERÁ DE SER DERROTADO E DESTRUÍDO POR SER O PODER ARMADO DA CLASSE DOMINANTE – Carlos Marigheella”.
Exatamente como discursou Greeenhalg antes da posse de Lula.
“Nos postos de mando alinham-se, despudoradamente, terroristas, sequestradores, assaltantes de banco, criminosos todos, que se locupletam gulosamente de bolsas fartamente endinheiradas.
Mas, o que é sumamente grave, novas urdiduras estão em marcha acelerada, pois a partir dos anos 1980, a revolução comunista no Brasil ganhou uma nova vertente inspirada na revolução gramsciana de transição para o socialismo. Sua convivência com pensamento e a práxis política marxista-leninista de alguns partidos caracteriza uma postura tática de pluralismo das esquerdas. O êxito, já alcançado na penetração intelectual e moral do corpo social, é inegável. Chega
a um estágio que se teme possa ser irreversível.
Gen Aricildes de Moraes Motta, no ORVIL”.
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A FRASE DO DIA – Ministro Joaquim Barbosa
“A aprovação dessa proposta pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara representa uma ameaça à democracia.”
Ministro Joaquim Barbosa, sobre a proposta que submete ao Congresso decisões do Supremo Tribunal Federal.
Agora observem o seguinte:
Somos o único caso de democracia no mundo que condenados por corrupção legislam contra os juízes que os condenaram.
Somos o único caso de democracia no mundo em que as decisões do Supremo Tribunal podem ser mudadas por condenados.
Somos o único caso de democracia no mundo em que deputados após condenados assumem cargos e afrontam o judiciário.
Somos o único caso de democracia no mundo em que, é possível, que condenados façam seus habeas corpus, ou legislem para mudar a lei e serem libertos.
Acredite se quiser!
Não esmoreça nem desista. Trabalhe duro!
Milhões de pessoas que vivem do Bolsa-Família, sem trabalhar, dependem de você!
MARCOfELICIO
General Marco Antônio Felício da Silva:
O movimento armado de 31 de março de 1964, que depôs João Goulart do cargo de Presidente da República, impediu um golpe que os comunistas planejavam desencadear naquela conjuntura que julgavam oportuna, em face dos desmandos de toda ordem, sobretudo políticos e econômicos, bem como da falta de autoridade que o País mal suportava. Salomão Malina, antigo Secretário-Geral do Partido Comunista Brasileiro, em entrevista à imprensa, reconheceu que setores do PCB, com a aprovação de Luiz Carlos Prestes, conspiravam com aquele propósito, por isso que, ardilosamente, iriam aproveitar-se do clima de agitação reinante, na maior parte, provocado pelo próprio governo. O Brasil caminhava, aceleradamente, para um desfecho imprevisível, em virtude do ambiente de desordem generalizada que se agravara a partir de 1961. Entretanto, os golpistas do “partidão” e seus aliados, mais uma vez, como já acontecera em investidas anteriores, que a história registra em cores fortes, não souberam identificar, na sociedade, a inquestionável repulsa a seus intentos de subversão da ordem e extremada violência.
Dessa forma, entende-se o movimento armado de 31 de março, sem qualquer dúvida, como uma contra-revolução que veio em socorro do povo brasileiro ameaçado seriamente pela baderna e pelo caos.
Hoje, os integrantes da frente de esquerda, que se apresenta solidamente enquistada no Poder, fiéis doutrinariamente à máxima de que os fins justificam os meios, voltam-se, especialmente, para as novas gerações, cujas mentes buscam envenenar com argumentação falaciosa, repetida à exaustão. Servem-se, largamente, de inocentes úteis, de vítimas da ignorância e de mentes corrompidas. Seus sequazes incentivam revisões da história que passam a narrar de forma distorcida, onde preponderam a mentira e a felonia.
Nos postos de mando alinham-se, despudoradamente, terroristas, sequestradores, assaltantes de banco, criminosos todos, que se locupletam gulosamente de bolsas fartamente endinheiradas.
Mas, o que é sumamente grave, novas urdiduras estão em marcha acelerada, pois a partir dos anos 1980, a revolução comunista no Brasil ganhou uma nova vertente inspirada na revolução gramsciana de transição para o socialismo. Sua convivência com pensamento e a práxis política marxista-leninista de alguns partidos caracteriza uma postura tática de pluralismo das esquerdas. O êxito, já alcançado na penetração intelectual e moral do corpo social, é inegável. Chega a um estágio que se teme possa ser irreversível.
Gen Aricildes de Moraes Motta
http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/militares-acreditam-em-golpe-1.657298
Militares acreditam em ‘golpe’
Para general, Foro de SP, união da esquerda no continente, é preparação para tomada do poder
PUBLICADO EM 04/06/13 – 03h00
General Marco Antônio Felício da Silva apresentou suas ideias no Círculo Militar da capital
LARISSA ARANTES
A aproximação do novo encontro do Foro de São Paulo, no mês que vem, na capital paulista, fez com que a organização voltasse a ser alvo de ataques de grupos ligados às Forças Armadas e a movimentos da antiga direita. A reunião será entre os dias 31 de julho e 4 de agosto.

terça-feira, 27 de maio de 2014

RONALDO COLOCA DILMA NA MARCA DO PENALTI E A CAMARILHA PETISTA JÁ COBRA SUA SAÍDA DO COMITÊ DA COPA

Os petistas por certo imaginavam que pelo fato de ter participado do COL o ex-atleta Ronaldo no máximo ficaria neutro em relação à sucessão presidencial, mas depois do seu declarado apoio ao candidato tucano a turba que controla o poder acionou a usina de sandices. Querem os “companheiros” que Ronaldo Nazário deixe o COL, como se para integrar o colegiado exigisse fidelidade ao PT. Em qualquer país minimamente responsável esse desgoverno que aí está, arruinando o Brasil, já teria caído, mas nessa terra de ninguém a turma comandada por Lula continua no poder.
Ronaldo pode ate ter traçado alguns planos a partir de sua participação no Comitê Organizador Local, mas nem mesmo em sonho ele precisa desse grupelho que de forma criminosa concordou com superfaturamento dos estádios da Copa, como se no Brasil não existissem leis.
Não fosse a sua história de sucesso no futebol mundial, Ronaldo Nazário deveria deixar o COL, não sem antes expor de maneira mais clara e incisiva a bandalheira que se instalou no País no vácuo da Copa do Mundo, evento desnecessário para uma nação que ainda assiste de forma contemplativa a morte de cidadãos nas filas dos hospitais públicos.
Dilma por sua vez, assim como seus estafetas, pode até invocar o tal “complexo de vira-lata”, mas diante de tantos escândalos consumados não há como negar que vez por outra dá vergonha de ser brasileiro. Isso explica a indignação silenciosa da população, que abriga um número crescente de pessoas que já declararam que torcerão contra a seleção nacional, o que não significa torcer contra o Brasil, pelo contrário.
http://ucho.info/ronaldo-coloca-dilma-na-marca-do-penalti-e-camarilha-petista-ja-cobra-sua-saida-do-comite-da-copa

domingo, 25 de maio de 2014

QUEM NÃO SABIA DISSO????????

ESTÁ EXPLICADO O MOTIVO DE TAMANHA COMOÇÃO. LEIA!!!!
O "DG" ERA TRAFICANTE E AVIÃO QUE LEVAVA DROGAS PARA DENTRO DA GLOBO














, PARA O PESSOAL DA REGINA CASÉ - diz a Deputada Cidinha Campos
Por essa ninguém esperava...
A parlamentar Cidinha Campos, deputada estadual pelo PDT e colunista do jornal O Dia, publicou, neste jornal e em suas contas nas redes sociais, um artigo com duras críticas à apresentadora Regina Casé e à abordagem, pela TV Globo, do caso da morte do dançarino "DG". Leia abaixo e manifeste sua opinião a respeito:
Rio - Uma hora e meia de irresponsabilidade: foi o que se viu no programa da Regina Casé na tarde do último domingo. A polícia ainda não disse o que aconteceu no Pavão-Pavãozinho, mas a vítima, o dançarino DG, já foi canonizada como um misto de Rudolf Nureyev e São Francisco de Assis.
Eu lamento a morte desse rapaz, assim como lamento a morte de Edilson dos Santos, o jovem com deficiência mental morto na mesma operação, e todos os PMs assassinados por bandidos nas UPPs e fora delas. Para esses, não se dedicou um programa na TV nem se produziu uma torrente de lágrimas em cadeia nacional.
DG era lindo, alegre, pontual, como disse Regina Casé. Mas o que fazia ele pulando de um prédio para o outro em plena madrugada? A polícia afirma que ele estava com o bandido maior da área, o tal de Pitbull, foragido da cadeia, que naquela noite promovia um churrasco na comunidade, quando o tiroteio começou.
É fato que o dançarino gostava de companhias pouco recomendáveis. No seu Facebook, postou que era “amigo eterno do Cachorrão” (traficante morto na mesma comunidade em janeiro) e chegou a dizer que os moradores iriam descer o morro “cheios de ódio na veia e bico na mão” para vingar a morte do facínora.
No mesmo domingo do programa, um grupo fez uma manifestação na Avenida Atlântica, mãe da vítima à frente tocando um bumbo, gritando “Fora, UPP!”. Certamente, preferem que os traficantes continuem donos das favelas. Uma repórter do jornal O DIA foi agredida na manifestação. Agora virou moda. Não faz muito tempo, jornalistas e qualquer serviço do estado só subiam a favela com autorização do tráfico. Quem tem saudades desta época?
Nunca houve no Brasil um programa de combate ao domínio do tráfico tão determinado e corajoso quanto a UPP. É mentira que a ocupação social não esteja acontecendo. Pode não ser na velocidade que desejamos, mas acontece na velocidade possível. Só quem não mora no Alemão pode ignorar o teleférico, o cinema, as creches, escolas, biblioteca, centro de computação. O mesmo vale para a Rocinha, para o Santa Marta, Chapéu Mangueira e tantas outras comunidades.
A esquerda caviar, que ganha dinheiro mostrando a cultura da favela, mas gosta de passar férias em Angra e Paris, não vai reconhecer nunca o trabalho do governo, a menos que ganhe cachê para isso. As UPPs são a nossa chance de retomar o Rio para os fluminenses. Alimentar o discurso contra elas equivale a voltar para um passado que uma emissora com a responsabilidade da TV Globo não tem o direito de esquecer.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

AGORA SIM !!!

LULA É MANCHETE EM TODA A IMPRENSA MUNDIAL.... Menos no Brasil onde a mídia é totalmente manipulada pelo PT.
ESPANHA - El principal imputado del "juicio del siglo" acusa a Lula de ser "el jefe" de la trama de compra de votos
– (O principal acusado no “julgamento do século” acusa Lula de ser o chefe da trama de compra de votos).
CHILE - Reo denuncia que Lula "era el jefe" de red de corrupción juzgada en Brasil - (Réu denuncia que Lula era o chefe da rede de corrupção em julgamento no Brasil).
PANAMÁ - Lula "era el jefe" de red de corrupción juzgada en Brasil (Lula era o chefe da rede de corrupção no Brasil)
FRANÇA - Au Brésil, l'opérateur du scandale des années Lula prétend que le chef de l'Etat était au courant (No Brasil, o operador do Mensalão (Marcos Valério) diz que Lula sabia da trama.)
ARGENTINA - Acusan a Lula de haber liderado una enorme red de corrupción – (Lula é acusado de liderar grande rede de corrupção)
http://www.lanacion.com.ar/1508847-acusan-a-lula-de-haber-liderado-una-enorme-red-de-corrupcion
HONDURAS - Acusan a Lula da Silva de ser jefe de red de corrupción – (Lula é acusado de ser chefe de rede de corrupção).
MÉXICO - Empresario acusado por corrupción involucra directamente a Lula en fraude - (Empresário acusado de corrupção envolve Lula diretamente na fraude)
VENEZUELA - Acusan a Lula de ser "el jefe" de la corrupución en el Brasil – (Lula é acusado de ser chefe da corrupção no Brasil).

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Entrevista com Denise Abreu que fala sobre suas divergências com o PT e interferências para beneficiar“apadrinhados”

Denise 2
“Dentre todos os ministros, a Dilma era a que tinha mais dificuldade em compreender as explicações técnicas”, afirma ex-diretora da Anac  
Em entrevista exclusiva para o iBrasil, Denise fala sobre os bastidores que a levaram a duas CPIs, as armações do governo Lula para beneficiar apadrinhados, particularmente Roberto Teixeira no episódio da venda da Varig. Dentre as consequências dessas interferências, Denise Abreu conta que um dos órgãos mais afetados foi a Aeros Fundo de Previdência Complementar, que levou pelo menos oito aposentados a cometer suicídio. Ela também diz que o governo petista está manobrando para queimá-la como candidata e tentar enquadrá-la na Lei Ficha limpa. 
Por Ivan Brasil 
iBrasil - Quantos cargos públicos a senhora já exerceu? 
Denise Abreu - Comecei no governo do Estado de São Paulo aos 19 anos de idade na Secretaria de Segurança Pública. Aos 22 anos trabalhei no Tribunal de Contas do Município de São Paulo. Aos 24 me ingressei como Procuradora Geral do Estado, e permaneci por 17 anos. No Mário Covas fui chefe de gabinete da Secretaria de
Denise Abreu "17 anos como Procuradora Geral do Estado".
Denise Abreu: 17 anos como Procuradora Geral do Estado.
Saúde. Esse foi o primeiro cargo político de relevância, pois aí já é um núcleo central de poder, e após fui chefe de gabinete da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. Com o falecimento do governador (Mário Covas) pedi exoneração do cargo e voltei para a procuradoria. Em 2002 entendi que eu já tinha dado ao Estado de São Paulo a minha cota e entendi que deveria ir para o governo federal para realizar trabalhos no âmbito nacional.
A senhora foi diretora da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) em que época? 
Denise Abreu – Fui diretora de 20 de março de 2006 a 24 de agosto de 2007.
Porque saiu? 
Denise Abreu – Renunciei ao cargo após serem instauradas duas CPIs, onde tive inúmeras divergências com o governo. E aí entendi que não havia mais nenhum interesse, nem por parte do governo e muito menos da minha parte em continuar compactuando com os desvios que eu havia descoberto, que eram praticados pelo governo do PT, quando eu galguei um cargo de maior relevância, com status de ministro. Passei a participar de reuniões políticas que eu nunca havia participado.
Quando e por que entrou para a vida pública partidária? 
Denise Abreu – Na verdade, a vida pública partidária foi construída a partir da mídia. Ela me transformou numa celebridade em uma CPI, e ao sair do governo continuei fazendo debates de política pública e no ano passado fui convidada a ingressar no Partido Ecológico Nacional (PEN), à época com menos de um ano e meio de existência, com propostas muito similares a minha formação ética e moral, que é a defesa dos valores conservadores da sociedade e, principalmente, os valores da família.
A senhora será candidata ao cargo de presidente da república nas próximas eleições? 
Denise Abreu – Sou pré-candidata. Se eu for aprovada na convenção do nosso partido, serei candidata a Presidente da República pelo PEN 51.
O PEN é um partido muito jovem. Como a senhora avalia a expectativa política para uma legenda tão recente? 
Denise Abreu – É evidente que quando um partido como o nosso, que tem só 7,3 mil filiados, portanto 0,31% do
Denise Abreu: Pré-candidata a presidência.
Denise Abreu: Pré-candidata a presidência.
número de filiados do maior partido deste país, que é o PMDB, sem horário de televisão como os demais partidos grandes detém, com recursos escassos como qualquer partido pequeno também tem, traz uma certa dificuldade para que possa ser conhecida pelo público.
A senhora tem uma bagagem muito grande, não só por tudo que sabe, mas pela experiência acumulada ao longo dos anos. Como seria um debate com a presidente Dilma Rousseff? 
Denise Abreu – Eu trabalhei no governo Lula, entrei em outubro de 2003. Logo que eu cheguei, enfrentei e fui designada para resolver um problema, que foi o vazamento de petróleo na Bacia de Campos. Foi a minha primeira experiência com Dilma Rousseff na qualidade de Ministra de Minas e Energia, e Marina Silva na qualidade de Ministra do Meio Ambiente. E nós, da subchefia para assuntos jurídicos da Casa Civil, tínhamos a incumbência de encontrar a solução para a elaboração de um plano de prevenção nos vazamentos de petróleo. A partir desse contato, eu pude verificar que existiam muitas fragilidades no desempenho profissional da Dilma. Apesar de ela ter sido apresentada à nação pelo presidente Lula como a grande “gerentona” e extremamente competente, o que nós observávamos no dia a dia é que ela tinha uma dificuldade imensa em compreender as explicações dos técnicos, e técnicos da melhor qualidade. Dentre todos os ministros, a Dilma era a que tinha mais dificuldade em compreender as explicações técnicas.  
Eu continuei ali, a trabalhar na subchefia para assuntos jurídicos, fui trabalhar no Ministério da Saúde, fui a mentora e redatora do (programa) Farmácia Popular Aqui Tem, em 2005. A Dilma já era Ministra Chefe da Casa Civil, nos colocava em reuniões técnicas com sua participação. Quando eu fui para a Anac, a ministra Dilma, junto com a Erenice Guerra, que era sua secretária executiva, e elas eram muito ligadas e são até hoje, interferiam demais, ou tentavam interferir, nas decisões da agência reguladora, que tem por definição legal a estrutura de um órgão de estado, e não de governo. E o governo Lula, e hoje eu observo que o governo Dilma dá continuidade, não conseguia aceitar, nem compreender, a autonomia dessas agências reguladoras. Então eram realizadas muitas reuniões na Casa Civil para explicações que, para nós, no dia a dia, eram questões corriqueiras e básicas, mas que nós perdíamos oito horas tentando fazer a Dilma Rousseff e Erenice entenderem qual era o contexto e as consequências das propostas que estavam sendo impostas pelo governo à agência reguladora. Nós tivemos, então, vários momentos de embates ideológicos e de políticas públicas em que a Dilma observou que a gente tinha então alguma consistência para podermos demonstrar que a opinião da própria agência estava correta e não a do governo.
Denise Abreu "Dilma blindou o congresso por medo".
Denise Abreu “Dilma blindou o congresso por medo”.
Quando eu saio do governo, nove meses depois dei uma entrevista para o (jornal) Estado de São Paulo sobre a venda da Varig, e que houve a interferência direta da Casa Civil através da Dilma e da Erenice Guerra para benefício dos interesses do Roberto Teixeira. E hoje eu até compreendo, pois naquele momento ela não era nem petista e queria agradar o presidente Lula para conseguir ser a candidata. E aí prejudicou não uma empresa, mas a família Varig. A consequência direta disso foi a quebra do Fundo de Previdência Aeros (Aeros Fundo de Previdência Complementar), que deixou na penúria inúmeros idosos que passaram a receber como benefício previdenciário um valor ínfimo ao ponto de ser menor do que o salário mínimo deste País, tendo recolhido ao longo de trinta anos de carreira, muito dinheiro para um fundo que foi surrupiado pelo governo federal e dentre essas pessoas, infelizmente oito senhores não aguentaram as consequências psicológicas, morais, de dignidade e se mataram. O que não foi diferente na rede ferroviária. Eu dei essa entrevista então relatando todos os episódios da Varig e o Congresso Nacional me convidou para que eu tirasse algumas dúvidas decorrentes da própria entrevista. Convidaram também a Dilma Rousseff. Aí nós percebemos o quanto a Dilma teme, e temia, um confronto, um debate com a minha participação e blindou o Congresso Nacional por duas vezes para que não houvesse essa acareação que teria sido extremamente importante para que pudessem tirar suas próprias conclusões.
Voltando um pouquinho à época em que você foi procuradora do Estado, na ocasião ocorreram algumas discórdias que contrariavam alguns interesses privados de alguns integrantes do governo Lula, como o Roberto Teixeira, que é compadre do ex-presidente, e Dilma Rousseff que na época era Ministra Chefe da Casa Civil. Quais foram efetivamente essas rusgas que houveram? Houve algum prejuízo em sua reputação? 
Denise Abreu – Nesse momento da Anac, que nós assumimos no dia 20 de março de 2006, dez dias depois a gente já foi chamado no Palácio para elaborar um plano de contingência, de distribuição de rotas da Varig, sob o argumento de que a Varig estava quebrada e que o governo não iria injetar dinheiro nenhum na empresa. E aí fiz vários, incluindo o Aero junto. Depois que foi elaborado o plano de contingência, nós fomos chamados de novo, no mesmo Palácio, pela mesma Ministra Dilma Rousseff, na mesma sala, onde ela disse: “Vocês estão elaborando um plano de contingência à revelia do governo e nós temos prazo com isso”. O governo tinha dado essa ordem há vinte dias. E aí, eu que sou uma pessoa muito curiosa, fui tentar entender o que estava acontecendo e descubro que o Roberto Teixeira tinha sido contratado como advogado da Varig e, por esse motivo, o governo tinha mudado de opinião. E começam, então, as interferências para que todas as ações praticadas pelo Roberto Teixeira fossem então consolidadas e corroboradas dentro da Anac. Porém muitas delas eram ilegais e eles queriam que um fundo americano comprasse então a Varig.  
Denise:"Erenice Guerra e Dilma Rousseff, ficam enfurecidos com essa exigência"
Caso Varig: Eu exigi imposto de renda; Erenice Guerra e Dilma Rousseff, ficam enfurecidas com essa exigência”
Como há uma limitação de capital estrangeiro nas empresas aéreas, eu tenho impressão que a Dilma Rousseff não conseguiu entender isso até hoje, por mais incrível que possa parecer. Porque dentre várias razões, em estado de guerra a frota que pode ser convocada pela FAB (Força Aérea Brasileira) para transportar alimentação, medicamentos, civis que vão fazer atendimento em acampamentos instalados para dar socorro às vítimas daquele evento de guerra, são as empresas aéreas nacionais. Se há uma abertura de capital estrangeiro e o país estrangeiro passa a deter a maioria do capital, você não tem frota nacional a convocar em estado de guerra. A argumentação que eu sempre ouvi foi: “Ora, mas o Brasil é um país de paz”. Primeiro, não se elaboram meios, nem a Constituição Federal, em cima da vivência momentânea da sociedade. Se no momento anterior a sociedade vive em paz, isso não significa que você não tenha que ter uma estrutura de defesa extremamente preparada para uma eventualidade, onde esse momento de paz seja maculado. Então por conta disso a Constituição Federal colocou como diretriz de soberania esta limitação. O que eu fiz como diretora da Anac e responsável pela relatoria do caso Varig: eu exigi imposto de renda das três pessoas físicas que iriam comprar a empresa para ver se era compatível. Se eles tinham então caixa no imposto de renda que desse suporte a portar US$ 70 milhões. Pedi também que a outra parte, que seria o dinheiro internacional, houvesse uma comprovação de que a entrada foi regular e legal pelo Banco Central, porque senão eu posso estar recebendo dinheiro de lavagem, inclusive do tráfico de drogas. E nós, Estado brasileiro, não podíamos abrir brecha para que isso acontecesse. Então eu, dentro da estrita legalidade, fiz a exigência dessas duas comprovações. Qual não foi a minha surpresa em que o Roberto Teixeira e seu escritório, junto com a Casa Civil, Erenice Guerra e Dilma Rousseff, ficam enfurecidos com essa exigência. Como eu aprendi desde pequena que quem não deve não teme, ali eu percebi que existia algum problema. Porque se o imposto de renda tivesse sido compatível e a entrada no Banco Central tivesse sido regular, bastava apresentar a documentação. E ali eu estabeleci, sim, um confronto com o governo em nome da defesa da estrita legalidade. E virei vítima de um governo que passa então a tentar assassinar a minha reputação. 
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), em sua página no Facebook, menciona um fato real acerca de uma entrevista que a senhora deu ao Lobão, que diz o seguinte: “Denise Abreu é o verdadeiro arquivo vivo de denúncias que amedrontam o governo. É corajosa, tem muito a dizer e pretende disputar a presidência para encontrar espaço para suas denúncias”. Você acredita que causa preocupação ao governo federal por você saber das entranhas do partido e conhece as minúcias da forma de governar? 
Denise Abreu – Disso eu não vou nem dizer que eu acredito, vou ousar dizer que eu tenho certeza absoluta. Agora, quanto a utilizar a campanha para ser um espaço de denúncias, é um enfoque que eu respeito, mas não é a nossa proposta. Em verdade, ninguém vai denunciar nada, nós só queremos mostrar para o Brasil os desmandos deste governo, os equívocos profundos nas políticas públicas implantadas, qual o objetivo desses equívocos como esse programa Mais Médicos, que é, sem dúvida alguma, a implantação de um totalitarismo bolivariano no Brasil, seguindo a cartilha do Fórum de São Paulo.
Denise, o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo pediu a sua condenação em até 24 anos de prisão em regime fechado na modalidade dolosa, e não culposa, em virtude do acidente da Tam, voo JJ3054, que causou a morte de 199 pessoas em julho de 2007 na Zona Sul de São Paulo. Como a senhora avalia esse processo judicial e como está hoje o andamento? 
Denise Abreu – Na verdade, o Ministério Público e também a imprensa esquecem que o que ele (o MPF) pediu na petição inicial, onde ele ofereceu a denúncia, não foi o que está escrito aí. Ele pediu, o que também não é verdade, uma condenação por um crime culposo. Porém, ao final, e eu já estando com 1% nas pesquisas do DataFolha, o procurador Rodrigo De Grandis resolve mudar a denúncia, e isto é ilegal. Não só ilegal, como inconstitucional, então é, portanto, nulo. Então eu nem estou discutindo isso muito. Meu advogado tem dado algumas entrevistas para deixar bem claro para a população que o procurador atuou de uma forma ilegal, que será anulada. Nós temos confiança plena no Poder Judiciário, que é quem decide. 
E, veja bem, ele precisou se socorrer de um parecer de um advogado contratado para dizer que ele está certo. Isso não existe. E advogado este, que nós não sabíamos então estar num jogo político ou não. Agora que apareceu o nome do advogado, que é o advogado do João Paulo Cunha (ex-presidente da Câmara dos Deputados), dos mensaleiros do PT, ficou muito claro que o PT passou a operar também nesse processo junto a quem está oferecendo a denúncia, a quem está dando subsídios e suporte para uma tentativa de me enquadrar na Lei de Ficha Limpa. Porque o crime que ele disse que eu pratiquei, e não pratiquei, na modalidade culposa, que é a denúncia válida, não me enquadraria na Lei de Ficha Limpa. Então, ao final de seis anos de investigação ele muda absolutamente tudo para tentar me enquadrar na Lei de Ficha Limpa. Tudo isso foi feito mesmo para tentar impedir o meu crescimento junto à população. Temos um programa chamado “Conexão Denise Abreu”, com entrevistas também, onde a gente tem tido a possibilidade de ter um diálogo muito aberto com a população. 
Como a senhora avalia oi governo Dilma? 
Denise Abreu – Péssimo. Talvez um dos piores governos que nós já tivemos.
E como avalia as manifestações por todo o Brasil? 
Denise Abreu – No ano passado, as manifestações, que foram encomendadas por uma ala do PT, acabaram resultando numa situação absolutamente inovadora para eles, e inesperada. A população tomou as manifestações e demonstrou que seus pleitos independiam das intenções de qualquer partido, tanto que o mote era “sem partido”. O que a população quer é a melhoria na saúde, na educação, nos transportes, na segurança pública…
Como você avalia o “Mais Médicos”?  
Denise Abreu – Bom, em primeiro lugar acho que essa conta é uma conta feita de uma forma muito irresponsável. O fato de faltarem médicos no serviço público não significa que faltam médicos no Brasil. Agora, evidentemente, se você fez seis anos de faculdade de medicina, você tem ideia de quanto custa um livro para poder se informar, para poder se formar um bom médico? Não basta ter a universidade pública. Você gasta e investe muito dinheiro e tempo para se formar em medicina. Depois você tem que fazer residência médica para se transformar num especialista, o que levará oito anos de sua vida. É quase um sacerdócio. Após tudo isso, eu lhe ofereço um salário sem a menor dignidade. É evidente que você não atrai o profissional para o mercado público. E, portanto, ele passa a investir exclusivamente em seu consultório. Então, há de saber, falta médico no Brasil ou no serviço público? E se falta no serviço público, por que falta? Vamos corrigir a falha de base, para dar a oportunidade de que os nossos profissionais sejam então os profissionais que darão entendimento à saúde pública neste país com dignidade para o cidadão e com dignidade para ele, que está recebendo de forma compatível com a sua formação. Esse é um aspecto. Ainda existe um outro aspecto. Evidentemente, em 2003, o senhor Arlindo Chinaglia, do PT, apresentou um Projeto de Lei (PL) lançando mão de estatística da Organização Mundial de Saúde (OMS), que dizia que você precisava de um quantitativo “x” de médicos para um “x” de população. E que nós, aqui no Brasil, em 2003, dizia o Chinaglia, tínhamos muito mais médicos do que o exigido pela OMS. O que eles fizeram? Apresentaram um Projeto de Lei proibindo as universidades e as faculdades de medicina de criarem novas vagas para formação de novos profissionais nas faculdades de medicina.
Bom, passados dez anos, em 2013, sem criação de novas vagas nas universidades e faculdades, proposta pelo próprio PT, o mesmo PT vem e diz: “Agora tá faltando médicos”. Evidente. Deve estar faltando, se você proibiu durante dez anos a formação de novos profissionais, vai acabar faltando médicos mesmo.
Gostaria da sua avaliação sobre o Marco Civil na Internet. 
Denise Abreu – Conforme a gente veio conversando, eu venho de uma agência reguladora, eu tive experiência na área de regulação. E não só isso, eu escrevi marcos regulatórios, na época do próprio governo Lula, onde eu trabalhei na subchefia para assuntos jurídicos, a minha especialidade é Direito Público. O que a gente observa é o seguinte: o que é regular? Regula-se o mercado. Pensamento não é mercado. A regulação do pensamento é censura. Para não chamar de censura, lançaram mão de um nome muito bonito, Marco Civil da Internet. Porém, conforme estou te dizendo, ao regular pensamento, está se impondo uma censura ao único canal livre que nós temos hoje em dia para veiculação de informações, de ideias, de crescimento da população através do debate. Eu sou absolutamente contrária ao Marco Civil e, se a população, depois que eu me consolidar candidata, em outubro, se entender que eu mereço crédito dela, em janeiro de 2015 nós estivermos diante da nação e podendo ouvi-la, um dos primeiros atos que eu tomarei será mandar ao Congresso Nacional a revogação integral do Marco Civil da Internet.
A senhora é a favor da Copa? 
Denise Abreu – Absolutamente contra. Sou filha de um juiz de futebol. Eu nasci basicamente dentro de um campo de futebol. Eu não estou nada distante desse universo esportivo. Fui campeã de 100 metros rasos, fui jogadora de vôlei, de handball… Eu faço parte de uma família que valoriza demais o esporte. Contudo, a Copa do Mundo não é um evento brasileiro. A Copa do Mundo é internacional. O único benefício que a Copa do Mundo traz para um país é a entrada de recursos decorrente do turismo. E para tanto, você precisa atrair esse turismo. E do jeito que a Copa do Mundo foi estruturada no Brasil, que é um mero “business”, com construção de doze estádios, quando na verdade os outros estão indo diferentemente do que a presidente Dilma Rousseff vem dizendo aí na imprensa, os outros países majoritariamente sempre trabalharam com oito arenas, e não doze. Então o País optou pela construção de inúmeras arenas que não serão utilizadas após a Copa do Mundo, como a arena de Cuiabá, não tem o que fazer com a arena de Cuiabá, onde foi gasto mais de R$ 600 milhões de reais, e esses recursos que poderiam ter sido aportados naquilo que a população deseja, que merece e que tem o direito de exigir, que é a melhoria na saúde e educação. Então é evidente que não foi oportuno para o País a realização desta Copa do Mundo no Brasil. Teria sido muito mais oportuno que todo esse dinheiro e o dinheiro da corrupção desviado deste governo para o interesse de pessoas e de empresas e de partidos políticos fossem utilizados na sua finalidade constitucional, que é a melhoria da prestação de serviços públicos em todas as áreas para o cidadão brasileiro, que é quem sustenta a nação recolhendo os impostos

segunda-feira, 12 de maio de 2014

09 maio 2012

Polícia não quis investigar a fundo morte de Celso Daniel, diz promotor do caso

09/05/201206h00

Guilherme Balza, do UOL, em São Paulo

O júri de cinco acusados pela morte de Celso Daniel, um dos crimes mais misteriosos da história recente do país, será realizado nesta quinta-feira (10), no Fórum de Itapecerica da Serra (Grande São Paulo). Até agora, o único condenado pela morte do ex-prefeito de Santo André foi Marcos Bispo dos Santos, que pegou 18 anos de prisão após condenação do júri em novembro de 2010.

Agora, serão julgados Elcyd Oliveira Brito, Itamar Messias da Silva Santos, Ivan Rodrigues da Silva, José Edison da Silva e Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira. Todos faziam parte de uma quadrilha da favela Pantanal, na divisa da capital com Diadema. Eles são acusados de homicídio duplamente qualificado e podem ser condenados de 12 a 30 anos de prisão.

O inquérito policial que levou os acusados ao banco dos réus concluiu que a morte do ex-prefeito de Santo André (SP), em 18 de janeiro de 2002, no município de Juquitiba (também na Grande SP) foi um crime comum, resultado de um sequestro mal executado pela quadrilha.

O promotor de Justiça Roberto Wider Filho, que investigou a morte de Daniel, contesta a versão da polícia e afirma que o assassinato do ex-prefeito foi encomendado por uma quadrilha responsável por um esquema de corrupção na Prefeitura de Santo André, cujo objetivo era levantar recursos para financiar campanhas eleitorais do PT (Partido dos Trabalhadores). Para ele, a investigação policial foi “incompleta” e deixou de apurar as “verdadeiras razões da morte”.


QUEM FOI CELSO DANIEL

Celso Daniel nasceu em 16 de abril de 1951 em Santo André. Foi professor de economia e ciências sociais da FGV e PUC e participou da fundação do PT. Foi eleito prefeito de Santo André em 1989, 1997 e 2000, um ano antes de sua morte.
Em 1994, elegeu-se deputado federal com 97 mil votos. Pouco antes de morrer, havia sido escolhido para coordenar a campanha Lula à Presidência. Era cotado para ser um dos ministros do primeiro escalão do governo de Lula.

O Gaeco (Grupo de Atenção Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do ABC sustenta que um dos mandantes do crime é o empresário Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, amigo de Celso Daniel e uma das figuras mais importantes dentro da quadrilha de Santo André –ele deverá ir a júri popular ainda neste ano em um processo diferente, já que responderá por homicídio triplamente qualificado.

Segundo o MP, o grupo arrecadava dinheiro por meio da extorsão de empresas de transporte, coleta de lixo e obras públicas, que eram coagidas a pagar uma “caixinha” todo mês. Só com as empresas de ônibus a quadrilha estaria levantando R$ 100 mil por mês. Mas, a galinha dos ovos de ouro do esquema, diz Wider Filho, eram as empresas que operavam radares de trânsito, com as quais os corruptores arrecadavam até R$ 50 milhões por mês.

Para o Gaeco, a morte do ex-prefeito foi resultado de um “desarranjo” no interior da quadrilha: a tese da promotoria é que Daniel sabia e participava do esquema de corrupção em Santo André, mas decidiu impor limites ao perceber que os desvios tinham também como finalidade engordar as contas pessoais, e não só as do partido.

Por participação no esquema, o MP denunciou, além de Sombra, o então secretário de Serviços Municipais Klinger Luiz de Oliveira, os empresários Ronan Maria Pinto, Luiz Marcondes Júnior e Humberto Tarcísio de Castro. Todos foram absolvidos em segunda instância pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) por falta de provas.

José Dirceu, na época presidente do PT, e Gilberto Carvalho, então secretário de governo em Santo André e braço direito de Celso Daniel, hoje secretário-geral da Presidência da República, não foram investigados pelo MP por força de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de 2004, na qual o ex-ministro Nelson Jobim considerou que a promotoria não pode realizar investigações criminais.

Em entrevista ao UOL, Wider Filho falou sobre as investigações da morte de Celso Daniel e conta como funcionava o suposto esquema de corrupção em Santo André.


ENTENDA O CASO

Celso Daniel foi encontrado morto em 20 de janeiro de 2002, em uma estrada de terra de Juquitiba, após receber 11 tiros. A morte ocorreu dois dias depois de ter sido sequestrado no trajeto entre uma churrascaria na capital e Santo André.

No momento do sequestro, o ex-prefeito estava dentro de seu carro, que era blindado, acompanhado do empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, seu amigo e segurança, que dirigia o veículo. Os sequestradores fecharam o carro de Daniel com outros três veículos e levaram apenas o ex-prefeito, deixando Sombra no local. Antes de matar o ex-prefeito, os sequestradores o mantiveram em cativeiro na favela Pantanal, na divisa entre São Paulo e Diadema.

O caso já foi reaberto duas vezes, investigado pelo Ministério Público, pela Polícia Civil e até pela CPI dos Bingos, em Brasília. Investigação do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) concluiu que seis pessoas participaram do crime, entre elas um menor. Para a polícia, os acusados sequestraram Daniel por engano, já que estavam planejando o crime contra outra pessoa.
O Ministério Público contraria a versão policial e sustenta que a morte foi encomendada por uma quadrilha que atuava na Prefeitura de Santo André extorquindo empresários com objetivo de arrecadar dinheiro para campanhas eleitorais do PT. Para o MP, a investigação policial foi incompleta e não apurou quem foram os mandantes do crime, que para a promotoria foi Sombra, um dos líderes do esquema.
Segundo o MP, Daniel foi morto ao perceber que o dinheiro desviado pela quadrilha também estava sendo utilizado para o enriquecimento dos integrantes, e não só para fins partidários, e decidir impor limites à atuação da quadrilha.
Pelo menos sete pessoas, entre testemunhas e outros envolvidos no crime, morreram após a morte do ex-prefeito --sete delas vítimas de homicídio. O único condenado --a 18 anos de prisão-- pela morte de Daniel foi Marcos Bispo dos Santos. O júri de Sombra deve ocorrer ainda este ano. O MP denunciou seis pessoas, entre empresários e secretários de governo, por participação no esquema de corrupção, mas a Justiça rejeitou as denúncias.

Envolvidos que morreram ao longo das investigações



Dionísio Aquino Severo
Suposto sequestrador de Celso Daniel e uma das principais testemunhas no caso, foi morto por uma facção rival antes de ser ouvido sobre o crime

Sergio 'Orelha'
Teria escondido Dionísio após o sequestro. Foi fuzilado em novembro de 2002
Otávio Mercier
Investigador da Polícia Civil que telefonou para Severo na véspera da morte de Daniel, foi morto a tiros em sua casa

Antonio Palácio de Oliveira
O garçom que serviu Celso Daniel na noite do crime morreu em fevereiro de 2003 após ser perseguido em sua moto
Paulo Henrique Brito
Testemunhou a morte do garçom e foi morto com um tiro nas costas, 20 dias depois
Iran Moraes Redua
O agente funerário foi o primeiro a identificar o corpo de Daniel e chamou a polícia. Morreu com dois tiros em novembro de 2004
Carlos Alberto Delmonte Printes
Médico-legista que constatou indícios de tortura ao examinar o corpo de Daniel


UOL - Qual a tese do Ministério Público para a morte de Celso Daniel?
Roberto Wider Filho - O que nós apuramos foi a participação do Sérgio Gomes da Silva [o Sombra, amigo de Celso Daniel], que já era apontado em Santo André como o encarregado por um esquema de corrupção e concussão na prefeitura. Identificamos um elo entre esse esquema e a morte do Celso Daniel. O Sérgio foi um dos mandantes da morte em decorrência de um desarranjo no esquema de corrupção. A morte do ex-prefeito foi a mando, não foi um homicídio aleatório, como diz a Polícia Civil. Para a polícia, o sequestro foi aleatório: escolheram qualquer um na rua e por azar pegaram o prefeito. Isso ficou completamente descaracterizado na investigação e na Ação Penal que se seguiu. Verificamos que o Sérgio participou e que o crime foi premeditado.

UOL - Por que, então, a investigação policial concluiu que ocorreu crime comum?

Wider Filho - A apuração policial foi muito útil porque identificou a quadrilha responsável pela morte, que é a da favela Pantanal [na divisa entre São Paulo e Diadema] --são os que vão ser julgados agora. Mas a investigação se encerrou prematuramente. Eles não avançaram na investigação até para verificar se a versão dos integrantes da quadrilha era correta --e não era. Os integrantes da quadrilha disseram que perseguiram o empresário desde o Ceagesp [zona oeste de São Paulo]. Quebramos o sigilo telefônico da quadrilha e verificamos que não houve essa perseguição, que os integrantes ficaram o tempo todo na avenida Dr. Ricardo Jafet [zona sul]. A Polícia Civil sequer analisou o exame necroscópico do prefeito. Um adolescente admitiu ter sido o executor da morte, e foi feita até reconstituição, mas sem que houvesse o exame de corpo de delito. Pedimos o exame do cadáver do prefeito, para confirmar se a versão do adolescente batia com as agressões no corpo do prefeito, e o laudo de exame necroscópico. Havia incoerências grandes. Ouvimos esse adolescente várias vezes, e, no final, ele admitiu que não foi o executor. A polícia aceitou passivamente a confissão dos integrantes da quadrilha. Não se aprofundou nos verdadeiros motivos e razões da morte.

UOL - Como foram as tentativas de reabertura das investigações policiais?

Wider Filho - Nós tentamos contar com o apoio da polícia durante todo o tempo. Fizemos uma investigação preliminar e, logo que essa investigação apontou novos elementos, fomos no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Foi instaurado um inquérito complementar e nomeado um novo delegado, o Luiz Fernando. Começamos a fazer diligências em conjunto, mas o DHPP sempre mostrou uma resistência muito grande. Chegou ao ponto de testemunhas levadas pelo MP serem intimidadas no DHPP. Parece-me que a Polícia Civil insiste na tese de crime comum por uma questão de honra, para provar que a tese deles estava certa. Em nenhum momento dissemos que a investigação estava errada, mas ela foi interrompida antes da obtenção dos resultados mais importantes.

UOL - A investigação do MP detectou o envolvimento de pessoas ligadas ao PT no planejamento da morte de Celso Daniel?

Wider Filho - Identificamos o Sérgio [Sombra] como sendo um dos mandantes. Embora existam indícios da participação de outras pessoas na quadrilha de Santo André, não conseguimos aprofundar as provas e não tivemos elementos para oferecer denúncia contra elas. Se não consegui prova suficiente para oferecer denúncia, não posso imputar nada contra essas pessoas. Seria uma irresponsabilidade minha.

UOL - O senhor acha que essa investigação precisa ser retomada pela polícia?

Wider Filho - Existem algumas questões que podem ser investigadas. Depois da conclusão do inquérito complementar, fizemos outro pedido, tempos depois, para a retomada do caso. Foi indicada a delegada Elisabete Sato, na época do 78º DP (Jardins). Pedimos que fossem feitas nove diligências. Também a doutora Sato, prematuramente, relatou o inquérito --com uma posição surpreendente, cometendo vários erros no relatório, um trabalho que não é do histórico dela-- reafirmando a tese do DHPP. Nós acreditamos que houve uma pressão do DHPP para que ela fizesse isso, porque a investigação dela caminhava num rumo bom. Entre outros elementos na investigação dela, colheu-se provas de que dinheiro de corrupção foi encontrado dentro do apartamento do Celso Daniel. Isso era uma prova relevante que demonstrava esse desarranjo no interior da quadrilha.

UOL - Como funcionava o esquema de corrupção em Santo André? Qual a ligação da quadrilha com a morte do ex-prefeito?

Wider Filho - Existia uma quadrilha que fazia arrecadação destinada a financiamento de campanhas eleitorais do PT. Em um determinado momento, Celso Daniel descobre que boa parte desses recursos eram desviados para o enriquecimento pessoal dos integrantes dessa quadrilha. Com isso, ele não concordava. Havia secretários do PT, filiados ao partido, que eram integrantes da quadrilha, mas a investigação para outros integrantes do partido foi cerceada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que impediu que a gente investigasse o José Dirceu, o Gilberto Carvalho e a destinação final desses recursos. Nós não podemos investigar, nem a Polícia Federal, que era a instância competente. Depois eu tentei retomar essa investigação e o ministro Eros Grau, também atendendo a uma reclamação do José Dirceu, impediu. Então a gente nunca conseguiu fazer essa investigação. Portanto, não posso falar nada sobre o que eu não investiguei. Mas existe uma reclamação nossa no STF para investigarmos o José Dirceu que ainda não foi julgada.

UOL - O que foi esse “desarranjo na quadrilha” que o senhor menciona?

Wider Filho - Quem levava o dinheiro da quadrilha para o partido era o Gilberto Carvalho. Quem arrecadava era o Ronan Maria Pinto [empresário do ramo de transportes e das comunicações] e o Sérgio [Sombra]. De repente, o dinheiro foi parar no próprio apartamento do Celso Daniel, o que demonstra como ele tinha desconfiança do funcionamento daquela quadrilha. Para ele, o dinheiro deveria ter como destinação exclusiva o financiamento de campanha eleitoral. Ele continuou arrecadando, mas o dinheiro não circulava como anteriormente. Essa investigação foi realizada pela Elisabete Sato, e, infelizmente, não teve prosseguimento. Existem outros elementos a serem investigados e aprofundados, inclusive com relação a outros mandantes, mas, fora o cerceamento que houve no Supremo, nós também tivemos problemas com a polícia.

UOL - Além do DHPP, mais alguém fez pressão sobre a Polícia Civil para não investigar o caso corretamente?

Wider Filho - Houve uma interferência muito grande do então deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT). Ele foi indicado pela Comissão de Direitos Humanos do Congresso para acompanhar a investigação. E o que ele desenvolveu na investigação não foi um acompanhamento passivo. Temos notícias de que, inclusive, ele orientava parentes de Celso Daniel a como prestar depoimento. Então isso é uma interferência censurável. Eu acho que o partido não deveria colocar um deputado para fazer um acompanhamento com o intuito de desviar o foco da investigação.

UOL - Sete testemunhas da morte de Celso Daniel foram mortas. Como foram as investigações desses crimes? Os autores foram presos?

Wider Filho - Algumas dessas mortes têm uma relação bem próxima do caso, principalmente a do Dionísio [Aquino Severo, um dos sequestradores do ex-prefeito], que fugiu da delegacia de Guarulhos em data próxima da morte do Celso Daniel. Depois do crime, ele foi recapturado em Taboão da Serra (SP) e declarou para o delegado Romeu Tuma Júnior que, sobre o caso Celso Daniel, só se manifestaria em juízo. Dias depois, ele foi assassinado no CDP (Centro de Detenção Provisória) da Penha enquanto estava no parlatório com o José Edison da Silva, um dos integrantes da quadrilha que nunca prestou depoimento para nós e é um elo importante do caso. Os dois estavam no parlatório, só os dois, quando os presos se rebelaram e mataram o Dionísio. Houve a identificação dos presos que participaram da morte dele --eu mesmo ofereci denúncia. A morte estava relacionada com uma organização criminosa [PCC], e a ordem vinha da facção, e a investigação da polícia não avançou, não foi para cima, só limitou a identificar entre os detentos aqueles que participaram. O curioso é que, uma semana depois da morte do Dioniso, ligaram para o Ivan Rodrigues da Silva, o chefe da quadrilha da favela do Pantanal, e perguntaram se era pra matar o José Edison também. É uma questão curiosa: por que o Ivan mataria um integrante da quadrilha dele, sendo que os dois participaram do homicídio do Celso Daniel? Acredito que essa morte tenha relação direta com a morte do ex-prefeito, mas não houve uma apuração nesse sentido.

UOL - A quadrilha da favela do Pantanal pertencia ao PCC (Primeiro Comando da Capital)?

Wider Filho - A quadrilha não era do PCC. O chefe [Ivan] tinha ligações com o PCC, mas não era integrante da facção.

UOL - E as outras mortes de testemunhas?

Wider Filho - A segunda morte que tem uma ligação é do Sergio “Orelha”, que foi quem recebeu o Dionísio logo após a fuga da prisão. O Dionísio participou de uma reunião em que ele mencionou que iria participar do sequestro do Celso Daniel e que o Sérgio [Orelha] iria colaborar. Ele disse, inclusive, que o pagamento seria feito no momento do sequestro, com uma bolsa de dinheiro. Essa referência da bolsa com dinheiro depois foi confirmada em uma diligência feita pela CPI dos Bingos. Os senadores Magno Malta e Eduardo Suplicy ouviram uma testemunha que narrou que depois do arrebatamento do prefeito alguém retornou até o carro, abriu a porta de trás, pegou a bolsa e saiu. O corpo do Sérgio Orelha foi colocado dentro de um veículo que foi queimado. Não se apurou a autoria desse crime. As outras mortes não tem um vínculo direto com a execução do crime. São mortes de testemunha, como um investigador de polícia que manteve um contato muito longo por telefone com o Dionísio na véspera do crime. Nós o ouvimos e ele disse que não tinha nenhuma relação com a morte do Celso Daniel. Ele foi morto um mês depois.

UOL - O senhor acha que nesse júri algum dos acusados pode revelar alguma novidade?

Wider Filho - Eles já foram ouvidos muitas vezes. Nós mesmos os ouvimos diversas vezes porque queríamos esclarecer detalhes. Quando eles confessaram o crime, havia coisas muito obscuras, controvertidas, na confissão. Depois eles foram ouvidas pela CPI mais de uma vez, assim como pela Polícia Civil. Acho muito pouco provável que elas tragam para o plenário uma questão nova. Até acho que eles têm informação, principalmente o José Edison, mas a vontade deles de falar sobre o caso já foi bem determinada nas oitivas que fizemos.

UOL - O MP investigou algo sobre a morte do perito Otávio Mercier, que disse que o Celso Daniel foi torturado antes de ser morto?

Wider Filho - O depoimento do perito foi muito importante para a instrução do processo. Em primeiro lugar, ele fez um laudo, e houve uma dificuldade enorme para obtermos o próprio laudo que ele produziu. Esse laudo só foi juntado ao processo depois que os promotores participaram da investigação e mesmo assim com muita insistência. O laudo menciona que o Celso Daniel sofreu torturas, mas não deixa bem claro a espécie de tortura que ele sofreu. Depois, ouvindo o perito, ele consegue descrever a dinâmica da tortura pelas lesões que o ex-prefeito foi submetido. Ele sofreu queimaduras circulares nas costas que provocaram marcas compatíveis com as produzidas por armas de fogo. O Celso Daniel também apresentava ferimentos de estilhaços de projéteis na região da axila e da perna direita. Provavelmente ele foi deitado de barriga para baixo e alguém o torturou o ameaçando de morte, efetuando disparos do lado do corpo dele e fazendo queimaduras com essa arma. Isso é uma tortura clássica, realizada para obter informação. Não é uma tortura natural de um crime de sequestro, como a Polícia Civil sustenta. Em um sequestro comum, o tipo de tortura é para que a vítima perca a vontade. Eles deixam a pessoa nua, fazem tortura psicológica para que a vítima não queria fugir, não grite, não dê trabalho no cativeiro. Quanto mais quieta, mais seguro é o cativeiro para os bandidos. Já essa tortura de simular a morte do sequestrado você deixa a pessoa irrequieta. Não tem nenhuma compatibilidade com o sequestro comum, porque isso não vai obter maior vantagem financeira para os sequestradores. Disso nós estamos certos: o Celso Daniel foi submetido uma tortura clássica destinada à obtenção de informações.

UOL - Por qual motivo ele foi torturado?

Wider Filho - Que informações a quadrilha queria e quem torturou, não conseguimos esclarecer. Não houve nenhum testemunha presencial e ninguém que tivesse indicado isso. Talvez um dos caminhos possíveis seria a investigação barrada pelo STF para descobrir que caminho tomaram os recursos obtidos por meio de corrupção em Santo André. Foi tudo gasto? Existia algum recurso em conta secreta? Quem tinha acesso a essa conta? São questões que não foram solucionadas que talvez explicassem a razão da tortura, mas infelizmente o MP foi cerceado da obtenção de várias informações que seriam muito úteis para a solução do homicídio e do esquema de corrupção.

UOL - Como o MP avalia a atuação da Polícia Federal nesse caso?

Wider Filho - A PF até trouxe uma testemunha pra gente, mas teve uma atuação muito tênue nesse caso. Fizeram uma coisa marcante, que foram as escutas da quadrilha e de outros integrantes do PT logo depois da morte do Celso Daniel. Mas essas escutas foram obtidas com um “vício”: em vez de a PF informar o Judiciário que as escutas foram feitas para investigar a morte do Celso Daniel, eles colocaram no pedido como se fosse para apurar tráfico de drogas e inseriram os telefones. Com isso, escutas foram consideradas viciosas e jamais puderam ser usadas pelo MP validamente. Nos não utilizamos, nem tomamos conhecimento num primeiro momento. Só depois que essas fitas foram localizadas nós tomamos conhecimento. A atuação da PF não foi abrangente e trouxe esse vício que nos causou prejuízo.

UOL - Essas fitas foram descartadas?

Wider Filho - Elas tiveram uma longa história. O juiz Rocha Mattos [preso na Operação Anaconda] mandou destruir essas fitas. Elas foram apreendidas no MP e destruídas. Mas ele tinha um segundo lote, com cópias, e essas fitas acabaram indo para a CPI dos Bingos. Depois tivemos acesso às fitas, mas não há como utilizá-las porque paira sobre elas dúvidas sobre a legalidade. Não tem porque usarmos uma prova ilícita que pode contaminar todo o processo. Além disso, não sabemos se o lote que foi apresentado é completo.

UOL - Essas gravações ajudariam a esclarecer algumas questões relacionadas ao crime e ao esquema de corrupção em Santo André?

Wider Filho - Algumas questões sim. Mas não sabemos nem se o lote divulgado traz o conteúdo completo das gravações, nem se elas estão inteiras. Teríamos que pegar as grades dos telefones interceptados, o histórico das chamadas e verificar se há correspondência do histórico, porque quem colheu essas provas pode muito bem ter separado um pedaço de outro. A escuta quando envolve oponente político é muito delicada. Acho que tudo deveria ser remetido para o Judiciário, que deveria ser o guardião do material. E depois a polícia trabalhar com o material fornecido pelo Judiciário. Nesse caso há suspeita de que nem todos os áudios tenham sido revelados. É uma questão muito controversa. A decisão do Rocha Mattos pela destruição imediata das fitas foi tomada antes que pudéssemos recolher. O MP recorreu com uma liminar, mas quando obteve a liminar ela já estava prejudicada porque ele já havia destruído as fitas. Mas não se sabe se as fitas que ele divulgou posteriormente são a totalidade das gravações.