terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Governo quebra sigilo bancário de ex-vice do BB

Governo quebra sigilo bancário de ex-vice do BB

Foto: Divulgação

A GUERRA PELO COMANDO DO BANCO DO BRASIL ACABA DE PRODUZIR UM CRIME: A DIVULGAÇÃO, NA FOLHA, DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS DE ALLAN TOLEDO, QUE ATÉ O FIM DO ANO PASSADO ERA O VICE-PRESIDENTE MAIS IMPORTANTE DO BANCO; NO ENTANTO, ASSIM COMO NO CASO DO CASEIRO FRANCENILDO, TOLEDO DISPÕE DE TODOS OS DOCUMENTOS QUE COMPROVAM A ORIGEM LÍCITA DOS RECURSOS E PRETENDE ACIONAR NA JUSTIÇA OS RESPONSÁVEIS PELO VAZAMENTO


Leonardo Attuch _247 – Há um novo Francenildo Costa na cena política brasileira. Mas, desta vez, ele não é um caseiro, mas sim um dos principais executivos do mercado financeiro no Brasil. Seu nome é Allan Toledo e até o fim do ano passado ele era vice-presidente de Pessoa Jurídica do Banco do Brasil. Ou seja, a pessoa responsável por avaliar os empréstimos do banco a grandes grupos empresariais. Na virada do ano, ele saiu do banco, após 30 anos de carreira, porque recebeu um convite profissional para comandar uma instituição financeira do setor privado – o que pretende fazer após cumprir sua quarentena. No entanto, Toledo amanhece hoje como assunto principal do jornal Folha de S. Paulo, na manchete “Depósito milionário para ex-vice do BB é investigado”. A reportagem, de Andreza Matais, insinua que uma transferência de R$ 953 mil poderia ter relação com favores do BB ao grupo Marfrig, um dos principais do País na área de alimentos. Mas o fato concreto é que Allan Toledo acaba de ser vítima de um crime: a quebra do seu sigilo bancário. E o mais grave é que esse crime pode ter ocorrido justamente na instituição à qual ele serviu, como um dos principais executivos, durante 30 anos.
Em 2006, quando Francenildo Costa teve seu sigilo bancário quebrado, na Caixa Econômica Federal, em função de uma movimentação atípica, ele rapidamente conseguiu comprovar a origem lícita dos recursos. Filho não assumido, ele recebera depósitos do pai biológico, que vivia no Piauí, e buscava uma conciliação. Ou seja: além de ter sido vítima do crime de quebra de sigilo, ele viu ser exposta, na mídia, uma situação da sua intimidade, que também deveria ser preservada. A situação de Allan Toledo é muito parecida com a de Francenildo. Órfão de mãe desde os oito anos, ele teve a ajuda, durante muito tempo, de uma madrinha, chamada Liu Mara Zerey, que não teve filhos e não tem herdeiros naturais. Em 2010, quando recebeu o diagnóstico de um câncer, ela redigiu, no leito de um hospital, uma procuração que nomeou Allan Toledo como seu herdeiro universal. Liu Mara também pediu a ele que vendesse um imóvel, na Vila Olímpia, em São Paulo, e administrasse os recursos para custear seu tratamento, pois até hoje ela se submete a sessões de quimioterapia. Este imóvel, por sua vez, foi vendido para um empresário chamado Wanderley Mantovani, que, sim, possui relações com o empresário Marcos Molina, do Marfrig. Só que não há absolutamente nada de errado na transação – e especialmente na movimentação realizada nas contas de Allan Toledo. Os depósitos, citados pela Folha, referem-se à venda de uma casa, legitimamente herdada pelo ex-vice-presidente do BB, e cujos recursos foram movimentados por ele para custear um tratamento de saúde, a pedido da paciente. “O que importa saber é como informações que deveriam ser protegidas por sigilo vazaram para a imprensa”, disse ao 247 o criminalista José Roberto Batochio.
Indignado, Toledo pretende acionar na Justiça os responsáveis pela quebra do seu sigilo bancário. Até porque, como típico bancário, ele sempre foi uma pessoa muito organizada. Em trinta anos, teve conta bancária apenas no Banco do Brasil. Quando recebeu os recursos da venda da casa de Liu Mara, ele comunicou a gerente da própria agência sobre a movimentação atípica que ocorreria, justificando a origem dos recursos. No início de 2012, ele recebeu outro depósito atípico, em valor aproximado de R$ 1 milhão, referente aos direitos trabalhistas após 30 anos no Banco do Brasil. E isso revela outra incoerência na reportagem desta terça-feira da Folha de S. Paulo. Ora, se Allan Toledo é alvo de uma sindicância do BB, por suposta lavagem de dinheiro, por que motivo teria recebido, de forma amigável, R$ 1 milhão da própria instituição financeira?
A crise tem nome e sobrenome: Ricardo Oliveira
O fato concreto é que a crise do Banco do Brasil, que já começa a se transformar em escândalo de governo, tem nome e sobrenome. E ela se chama Ricardo Oliveira (leia maisaqui). Vice-presidente da área de governo, ele é o presidente de fato do Banco do Brasil, mas se mantém à sombra. Amigo do ex-tesoureiro tucano Ricardo Sérgio de Oliveira, do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares, do ministro Gilberto Carvalho e de diversos deputados federais, a quem ajuda, valendo-se do cargo, na arrecadação de recursos de campanha, Ricardo Oliveira vive 24 horas por dia em torno dos jogos de poder do Banco do Brasil. Graças à sua força política, foi ele quem chancelou a indicação dos dois últimos presidentes do Banco do Brasil: Lima Neto e Aldemir Bendine. Mas o próprio Ricardo Oliveira raramente é visto em Brasília, porque não voa em aviões de carreira.
“Dono” do Banco do Brasil, Ricardo Oliveira tentou, na virada do governo Lula para o governo Dilma, estender seus tentáculos para a mineradora Vale. O plano consistia em fazer de Paulo Rogério Caffarelli presidente da Previ, que, ato contínuo, nomearia Aldemir Bendine presidente da Vale. O BB, por sua vez, ficaria com outro executivo indicado por Ricardo Oliveira – provavelmente Alexandre Abreu. Este plano não funcionou porque o ex-presidente Lula não chancelou a ida de Caffarelli para a Previ e escolheu Ricardo Flores, que, por sua vez, não bancou a nomeação de Bendine à presidência da Vale.
Deste então, Ricardo Oliveira tem alimentado na imprensa uma suposta guerra entre Aldemir Bendine e Ricardo Flores, onde, na verdade, ele próprio é o personagem principal, mas que se mantém oculto. Todas as movimentações recentes do Banco do Brasil, como a demissão de Allan Toledo e a mudança de 13 diretores, foram, na verdade, fruto da paranoia de Ricardo Oliveira, que enxergou ameaças a seu poder dentro da instituição e agiu antecipadamente, seguindo a teoria de guerra dos ataques preventivos.
Este mesmo executivo também tem contado com a assessoria da agência de comunicação Companhia de Notícias, do empresário João Rodarte, que tem tentado fazer sua aproximação com alguns jornalistas. Ocorre que o escândalo de hoje na Folha sobre a movimentação bancária de Allan Toledo foi um tiro pela culatra. A reportagem revela, apenas, e tão-somente, um crime que pode ter sido cometido dentro do próprio Banco do Brasil: a quebra de sigilo de seu ex-vice-presidente.
Detalhe: Ricardo Oliveira não esconde de nenhum interlocutor sua admiração pelos métodos da SS, a polícia secreta nazista.
Leia, abaixo, a manchete desta terça-feira da Folha de S. Paulo:
PF e Banco do Brasil examinam transferência de R$ 953 mil para Allan Toledo
Afastado em meio a crise na cúpula da instituição, ex-diretor afirma ter negociado imóvel com empresário
ANDREZA MATAIS, DE BRASÍLIA
O ex-vice-presidente do Banco do Brasil Allan Toledo, que até dezembro dirigia uma das áreas mais importantes da instituição, está sendo investigado por ter recebido quase R$ 1 milhão numa conta bancária em 2011.
Toledo foi exonerado do banco depois de ser identificado pelo governo como participante de um movimento cujo objetivo seria desestabilizar o presidente do banco, Aldemir Bendine, e ficar com seu cargo, como revelou a coluna "Painel" da Folha.
O BB abriu sindicância para apurar o caso por suspeita de lavagem de dinheiro, notificou a Polícia Federal e trocou informações sobre o caso com ela. Toledo era vice-presidente da área de Atacado, Negócios Internacionais e Private Banking do banco.
A investigação só teve início depois da demissão de Toledo pela instituição e teve como origem relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda, sobre a movimentação bancária de Toledo no ano passado.
O executivo abriu uma conta no Banco do Brasil em janeiro de 2011 e recebeu cinco depósitos mensais no valor total de R$ 953 mil. O dinheiro foi transferido para a conta dele pela aposentada Liu Mara Fosca Zerey, de 70 anos.
Antes de fazer as transferências para a conta de Toledo, Zerey recebeu um depósito de R$ 1 milhão numa conta que até então havia movimentado apenas para receber o dinheiro da aposentadoria.
Quem depositou o dinheiro na conta da aposentada foi o empresário Wanderley Mantovani, que atua em vários segmentos e é sócio do dono do frigorífico Marfrig, Marcos Molina, numa usina de biodiesel, a Biocamp.
Mantovani afirma que comprou uma casa da aposentada, mas não existe registro oficial da transação em cartório. Toledo diz que atuou no negócio como procurador da aposentada e por isso movimentou o dinheiro em sua conta bancária pessoal.
O Marfrig recebeu nos últimos anos vários empréstimos do BB. O irmão do ex-vice-presidente do BB, Alex Toledo, é gerente de comunicação e marketing do Marfrig.
DISPUTA POLÍTICA
A exoneração de Toledo ocorreu em meio a uma disputa política que envolve a cúpula do BB e a Previ, o poderoso fundo de pensão dos funcionários da instituição.
Como a Folha informou na semana passada, o presidente do Banco do Brasil, Bendine, homem de confiança do ministro da Fazenda, Guido Mantega, acusa o presidente da Previ, Ricardo Flores, de conspirar para derrubá-lo.
O grupo de Flores diz que o presidente do BB quer um aliado na sua cadeira para ter influência no destino dos recursos do fundo de pensão.
Um dos indícios detectados pela cúpula do banco de que havia um movimento para derrubar Bendine no ano passado foi o vazamento para a imprensa de informações sobre a compra do Banco Postal pelo BB, um negócio bilionário concluído em 2011.
Uma reportagem da revista "Época" sugeriu que o negócio teria sido mal conduzido por Bendine e seus amigos enxergaram o dedo de Toledo no material publicado.
Poucos executivos do Banco do Brasil tinham informações sobre a transação. Toledo, que se aproximou de Flores nos últimos meses, era o vice-presidente mais bem informado sobre o assunto e por isso as suspeitas recaíram sobre ele. Toledo nega ter participado do vazamento.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Curado, Gianecchini grava “Guerra dos Sexos” em junho

Curado, Gianecchini grava “Guerra dos Sexos” em junho

Curado, Gianecchini grava “Guerra dos Sexos” em junho

Foto: Divulgação

“A OPERAÇÃO DE MEDULA FOI UM RENASCIMENTO”, CONTA O ATOR À REVISTA ÉPOCA DESTA SEMANA

27 de Fevereiro de 2012 às 11:15
Yuri Antigo _247 - Escalado para viver um dos principais papéis do remake de “Guerra dos Sexos”, na Globo, Reynaldo Gianecchini vai gravar as suas primeiras cenas em junho, no Guarujá, litoral sul de São Paulo. Bem antes disso, no dia 13 de março, o ator retoma as apresentações do espetáculo “Cruel”, no Teatro Faap, na capital paulista.
Diagnosticado em agosto do ano passado com um linfoma raro, Gianecchini disse à nova edição da revista Época que está curado. O astro revelou que um exame de imagem realizado na última semana mostrou que seu ele não tem mais a doença em seu corpo. “A operação de medula para mim foi um renascimento. Meu transplante é um pouco menos cabeludo do que os que se fazem com a medula de outra pessoa, quando pode rolar uma rejeição. Eu super me aceitei (risos). Meu transplante foi nada mais que uma quimioterapia muito pesada. Eu sabia que seria duro, mas não tinha noção”, contou.
Giane disse também está com o organismo muito sensível por conta do tratamento: “Ainda estou sujeito a pegar qualquer bactéria. São seis meses de acompanhamento mais profundo. Na verdade, são cinco anos de acompanhamento”. O ator global também falou à Época sobre os boatos de que estaria com o vírus do HIV. “Eu não poderia jamais fazer o tratamento agressivo que fiz se tivesse Aids. Primeiro chequei todos os vírus, todas as bactérias, para depois chegar ao câncer. Por isso posso dizer com toda a alegria do meu coração para quem se preocupa realmente comigo: “Eu não tenho Aids!”

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Vereador denuncia esquema de corrupção no governo de Guapimirim Vereador denuncia esquema de corrupção no governo de Guapimirim

Vereador denuncia esquema de corrupção no governo de Guapimirim
Vivendo em seu quarto mandato como vereador do município vizinho de Guapimirim, Oswaldo Vivas tem utilizado redes sociais para denunciar uma série de irregularidades em seu município. Ele aponta superfaturamento nas compras, empresas fantasmas, laranjas. A cidade é dirigida pela família ‘do Posto’, já tendo passado pelo cargo máximo alguns nomes conhecidos dos teresopolitanos. Atualmente, o prefeito é Júnior do Posto. Em suas acusações, Vivas aponta nomes fortes do governo, como a subsecretária Ismeralda Rangel e o presidente da Câmara, Marcelo ‘do Queijo’ como os principais mentores dos esquemas que estariam acontecendo naquela cidade. Todas as denúncias foram feitas no programa ‘Frente a Frente’, da TerêTV Canal 11, apresentado pelo comunicador Sérgio Mauro.

Suas denúncias começaram quando teve em mãos documentos que davam conta da existência de empresas fantasmas e que usaria laranjas para beneficiar pessoas corruptas. Vivas falou também sobre firmas contratadas para fornecer mão de obra e que emitiam notas fiscais de compra de materiais de construção, embora, segundo ele, nunca tenham adquirido ‘sequer um prego’


- Havia também uma outra empresa, JG Materiais, cujo dono é um laranja. É eletricista da Prefeitura. Os outros rapazes, da empresa de material de construção, levam R$ 2 mil. Fiz uma reunião com eles em minha casa, usando conversas políticas como pretexto, e apresentei os documentos e provas que eu tinha. Eles ficaram assustados e me contaram tudo. Está gravado. Falei que não tinha intenção de denunciar, mas sim, de acertar tudo. Um deles me forneceu o número de um processo que respondiam no Ministério Público. Foi até o MP e falei com o promotor assistente, Átila Pereira de Souza, e denunciei tudo. Apresentei minhas gravações e documentos, comprovando as fraudes arquitetadas pela dona Ismeralda”, aponta Oswaldo Vivas.


Antes aliado, Oswaldo disse que não ficava em paz com sua consciência quando via as irregularidades cometidas. Segundo ele, todo vereador faz ‘acertos’ com o governo, empregando aliados, conquistando assessorias importantes. “Eu aceitava isso, mas quebrava o pau nos bastidores”, confessa o vereador. Segundo ele, não confiava nem na polícia e nem no Judiciário para contar o que sabia. “A própria Ministra do CNJ, Eliana Calmon, disse que existem bandidos atrás das togas”, recorda. “Chegou uma hora que não aguentei. Pedi gente competente para os hospitais. Cada notícia de gente morrendo me fazia sentir-se responsável. Pessoas eram tratadas como cachorros. Percebi que minha atitude estava errada. Hoje sou livre, percebo que existem policiais honestos e muita gente no Judiciário também”, completa.


Em outra denúncia, Oswaldo Conta que mostrou a casa de uma família, onde deveria funcionar uma das empresas que fornece para a Prefeitura de Guapi. “O rapaz falou comigo pelo meu Facebook e reclamou de ter mostrado a casa dele. Falei que era o endereço que constava no contrato. Marcamos para conversar. Ele foi com a mãe e outros familiares. Eles contaram que o funcionário da prefeitura responsável pelas compras, chamado Ramon, teria pedido para abrir uma firma no nome dela, para poder fornecer para o Governo. Ela assinou até procuração. Depois retirou o nome da empresa”, explica o vereador. Segundo ele, o rapaz já foi ouvido pela polícia e confirmou as denúncias.


Sobre o funcionário Ramon, Vivas faz outras denúncias. “Existe uma empresa chamada Klauan. Esse é o nome do filho do Ramon. Ele é o braço direito da Ismeralda, é que leva os bilhetes para dobrar notas, estipular valores, tudo a mando dela. Tenho isso explicado no vídeo que gravei e levei para o MP. A Klauan vendeu 325 aparelhos de ar condicionado para a Prefeitura pelo valor de R$ 1.125 reais. No mercado, o preço era de R$ 920”, aponta.


O vereador denuncia também a compra de 10 toneladas de alho para o consumo de um mês. Também teriam sido adquiridas duas toneladas de agrião, duas de alface, oito de batata doce. “O alho foi comprado por R$ 9,59 o quilo. Na mesma empresa, no varejo, paguei R$ 4,55. Denunciei no You Tube e eles cancelaram o pregão. Refizeram e comprar no preço correto. Mas os absurdos continuaram. Eles compraram 5 toneladas de aipim, outras cinco de abobrinha, dez de abóbora. Uma amiga nutricionista me disse que essa nem toda a população de Guapimirim conseguiria consumir tudo isso neste espaço de tempo”, aponta. Vivas completa, mostrando que foram compradas 64 toneladas de carne para um mês de consumo. “Se juntássemos todos os funcionários públicos da cidade e mais as crianças das escolas, cada um consumiria 320 gramas de carne por dia”, calcula.


A Câmara de Guapimirim não ficou de fora das denúncias do vereador. Segundo ele, haveria um esquema para aluguel de carros. “A firma, Unidos de Guapimirim, não tem carros. Ela aluga de terceiros e fornece para a Câmara. O presidente Marcelo do Queijo me chamou e ofereceu para alugar o meu carro e me explicou como funciona. Descobri tudo e também denunciei”, explica. O vereador entrou também com um pedido de CPI contra a mesa diretora da casa, que deverá ser avaliado na volta do recesso parlamentar. Oswaldo denuncia desvio de recursos públicos na Câmara Municipal contra o próprio presidente da casa. “Em vez de acatar meu pedido, prometeram criar uma CPI para me cassar. Só que eles não têm competência para isso”, desafia. A excesso de funcionários que trabalham no Legislativo daquela cidade também foi questionado por Vivas. “A Lei Orgânica e o Regimento Interno dizem que só podem haver três vezes mais funcionários do que o número de vereadores, ou seja, 27 cargos. Hoje são 96. Destes, só uns dez trabalham. Os outros são usados em interesses eleitorais”, garante.


Finalizando, Vivas chama as pessoas à responsabilidade. “Existe o caminho da honestidade e as pessoas que votam devem seguir. Hoje, a maioria das pessoas eleitas neste país não tem condições de estar lá. Só pensam nela e compram os eleitores. O único medo que eu tenho é de ter medo. Conheço as pessoas e sei que corro risco de vida. Minha família hoje mora fora, longe de Guapimirim. Pedi proteção policial. Pior do que morrer com um tiro de um covarde pelas costas é morrer vivendo. Se não me matarem, quero ser um bom exemplo para Guapimirim e para a política nacional”, conclui. 
“Se não me matarem, quero ser um bom exemplo para Guapimirim e para a política nacional”

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Marina, filha de Mantega, acusada de lobby no BB

Marina, filha de Mantega, acusada de lobby no BB

Foto: Divulgação

SE NÃO BASTASSE O FOGO AMIGO, A GUERRA NO BANCO DO BRASIL E UM PROBLEMA DE SAÚDE EM FAMÍLIA, GUIDO MANTEGA AGORA TEM DE LIDAR COM A SUSPEITA DE QUE SUA FILHA, MARINA MANTEGA, PODERIA ESTAR ENVOLVIDA EM LOBBY NA CAIXA E NO BANCO DO BRASIL; NEGÓCIO ENVOLVERIA EMPRÉSTIMO DE R$ 1,6 BILHÃO PARA O BERTIN

25 de Fevereiro de 2012 às 15:10
247 – Não andam fáceis os dias do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Há alguns meses, ele lida com um sério problema de saúde em família: o câncer da esposa Eliane Berger, que já o fez pensar em deixar o governo, para acompanhar o tratamento. Além disso, ele tem sido cobrado pela presidente Dilma Rousseff para encerrar de vez a guerra interna no Banco do Brasil, onde alas rivais travam duelos de vida ou morte (leia mais aqui). E, dentro do próprio governo, especula-se que três nomes poderiam assumir sua vaga. Seriam eles Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Luciano Coutinho, presidente do BNDES, e Nelson Barbosa, secretário-executivo da Fazenda. Agora, ele tem mais um problema para administrar. Reportagem da revista Veja revela que lobistas, em Brasília, estariam usando o nome da filha do ministro, Marina Mantega, para fechar negócios bilionários no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, duas instituições que estão subordinadas ao Ministério da Fazenda. A reportagem menciona até uma operação específica: um empréstimo de R$ 1,6 bilhão para o grupo Bertin, um dos principais do País na área de carnes e leite.
Mantega reagiu com indiferença à reportagem. Disse que não irá processar as pessoas que estariam usando – em vão – o nome de sua filha. No entanto, não é a primeira vez que Marina traz problemas ao pai. Na campanha presidencial de 2010, um dossiê preparado pelo PT revelou que ela mantinha encontros com o executivo Paulo Caffarelli, vice-presidente do BB, para encaminhar pedidos de patrocínio no banco. À época, os dossiês foram atribuídos à ala sindical do BB, liderada pelo deputado Ricardo Berzoini, e Mantega saiu ileso. Na verdade, saiu até fortalecido do episódio.
Agora, no entanto, sua família é exposta num momento de fragilidade. Mantega já foi alvo de denúncias no episódio da queda do presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci. O jornalista Vicente Nunes, do Correio Braziliente, também publicou a informação de que ele teria pedido demissão à presidente Dilma no início de fevereiro. É uma pressão intensa, que recai sobre os ombros de um ministro que, inegavelmente, tem feito um bom trabalho nos últimos anos. O Brasil não sofreu o contágio da crise financeira de 2008 e, neste ano, diante de novas turbulências, também vem escapando ileso. Mas que querem o cargo dele, não há dúvida.

Delegado acredita em ação orquestrada entre escolas

Delegado acredita em ação orquestrada entre escolas

Foto: DANIEL TEIXEIRA/Agência Estado

LUIS FERNANDO SAAD, RESPONSÁVEL PELO INQUÉRITO QUE INVESTIGA O TUMULTO NA APURAÇÃO DO CARNAVAL DE SÃO PAULO, AFIRMA TER CONVICÇÃO DE QUE ALGUMAS ESCOLAS SE REUNIRAM ANTES E DEPOIS DO OCORRIDO

24 de Fevereiro de 2012 às 19:21
Aline Oliveira e Gisele Federicce _247 - O delegado Luis Fernando Saad conversou hoje com a imprensa na Delegacia Especializada no Atendimento ao Turista. Ele é responsável pelo inquérito que investiga a confusão ocorrida durante a apuração das escolas de samba de São Paulo, no Anhembi, na última terça-feira. Saad acredita que houve, sim, uma ação orquestrada entre as escolas e afirma ter convicção de que os membros das escolas se reuniram antes e depois do tumulto.
O delegado explica que poucas pessoas foram ouvidas até agora e que não dá para prever quantas ainda prestarão depoimento. “A sociedade vai ter uma resposta à altura”, garante, porém, o delegado. De acordo com Saad, ninguém será indiciado sem que se tenha plena convicção do que aconteceu. Sobre o tumulto, Saad afirmou que os envolvidos não estão sendo indiciados por invasão, já que a área onde estavam os jurados se trata de um local público. A invasão só é considerada quando se trata de um espaço restrito ou privado.
Mais cedo, prestaram depoimento o presidente da Pérola Negra, que teve uma de suas alegorias incediada em meio à confusão do Anhembi, e o dirigente da Gaviões, Wagner Costa (leia mais). Ontem, foram ouvidos os dirigentes da Império de Casa Verde e da Camisa Verde e Branco. Na próxima segunda-feira, serão ouvidos o presidente da Liga das Escolas de Samba; a presidente da Rosas de Ouro, e o presidente, o vice-presidente e intérprete da Vai-Vai. 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

LULA COMO ENREDO DE ESCOLA DE SAMBA NÃO EMPOLGOU. FRACASSO DA GAVIÕES MELA CAMPANHA DO PT E GERA TUMULTO NA APURAÇÃO! LULA COMO ENREDO DE ESCOLA DE SAMBA NÃO EMPOLGOU. FRACASSO DA GAVIÕES MELA CAMPANHA DO PT E GERA TUMULTO NA APURAÇÃO! LUL A COMO ENREDO DE ESCOLA DE SAMBA. FRACASSO DA GAVIÕES MELA CAMPANHA DO PT E GERA TUMULTO NA APURAÇÃO!

LULA COMO ENREDO DE ESCOLA DE SAMBA NÃO EMPOLGOU. FRACASSO DA GAVIÕES MELA CAMPANHA DO PT E GERA TUMULTO NA APURAÇÃO!


A grande imprensa está escamoteando uma informação fundamental sobre o tumulto, incêndio e quebra-quebra durante a solenidade que apontaria a escola de samba campeã do carnaval de São Pauo. O pano de fundo dessa baderna irresponsável deriva do fato de que o PT resolveu fazer campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo na avenida. O tema da escola Gaviões da Fiel foi Lula, o cara. Entretanto, o tema não empolgou e a escola está na rabeira do ranking.
Por enquanto o site que informa com precisão o que está acontecendo em São Paulo, é o Ucho.Info e, ainda, o blog do Tambosi. Transcrevo. Este é o verdadeiro enredo da Gaviões da Fiel.E vejam nos vídeos como o PT conseguiu estragar o carnaval de São Paulo. Leiam:
Tiro no pé – O vandalismo que tomou conta da apuração do Carnaval paulistano deixou claro aos que acompanham a política nacional os interesses nebulosos que tomaram conta dos bastidores escola Gaviões da Fiel, que entrou no sambódromo ao som do samba-enredo “Verás que o filho fiel não foge à luta – Lula, o retrato de uma nação”.

O que se viu durante a apuração, no sambódromo do Anhembi, na Zona Norte da capital paulista, mostra que dependendo da situação o filho foge à luta. O fracasso da Gaviões da Fiel, que até a interrupção da leitura dos votos estava em nono lugar, desmoronou a farsa montada em torno de Lula ao longo dos últimos nove anos. 

A estratégia de usar a escola de samba da torcida do Corinthians, clube do qual Lula é conselheiro vitalício, como forma de interferir na eleição para a prefeitura da maior cidade brasileira não deu certo. O resultado do carnaval de São Paulo ainda está indefinido, mas a derrota da Gaviões da Fiel foi um presente aos paulistanos, cansados das bravatas populistas que marcam os discursos de Lula. 

Mesmo que o julgamento das escolas seja retomado, a Gaviões não conseguirá avanço suficiente para sagrar-se campeã do carnaval da capital dos paulistas. Com isso, que perde, além de Lula, é o candidato petista à sucessão de Gilberto Kassab, o ex-ministro Fernando Haddad, que contava com esse empurrão da Fiel Torcida. No caso de um eventual triunfo da escola alvinegra, Lula daria um importante passo para alavancar a candidatura de Haddad. Como sempre acontece no PT, esqueceram de combinar. Do site Ucho.Info - sempre atento e fazendo bom jornalismo

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ficha Limpa e o caso Eloá


*Tânia Regina
"Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória" é o que diz o artigo 5.o, inciso LVII da Constituição Federal, chamado de Princípio da Inocência ou da Não Culpabilidade.

Lindemberg Alves foi condenado em primeira instância pelo assassinato da sua ex namorada Eloá. Hoje se ele quisesse participar de um concurso público, certamente sua inscrição seria negada. Alguém aí duvida que a sentença poderá ser modificada num possível novo julgamento?

Pois é... como são as coisas são né!

Em nosso País há dois pesos e duas medidas no que tange aos julgamentos de reles mortais e de políticos.

Não se trata de discutir a justiça da decisão de cada um dos casos, mas sim de aplicar a lei e sobretudo os princípios de direito de forma igual para todos: políticos ou não.

Os crimes eleitorais preveem pena de detenção, reclusão e multa. Assim, quem comete este tipo de infração pode responder ao processo em liberdade até que o Juízo profira a decisão final, portanto, este é um direito que provém do Princípio da Presunção da Inocência.

Nessa linha de raciocínio o candidato ficha suja que não concorre a uma eleição não significa que esteja tendo sua pena executada de forma provisória, ou tenho sido condenado antecipadamente, a lei apenas está dizendo que é prudente que o candidato que responde a um processo criminal espere para concorrer quando o seu processo for julgado.

Vou fazer uma comparação com a lei Maria da Penha. A suposta vítima é sempre uma mulher e ela ao ser agredida procura a justiça e ganha uma medida cautelar de proteção para que o suposto agressor fique longe dela.

É isso que a lei da ficha limpa quer: impor uma medida protetiva ao eleitor (que é a suposta vítima sempre). O suposto agressor é aquele candidato que responde a um processo criminal e deve ficar longe do eleitor, das Câmaras, das Assembléias Legislativas, do Congresso Nacional e dos Palácios de Governo por medida de cautela!

A medida protetiva serve para manter a integridade física, moral, psicológica, patrimonial e sexual da suposta vítima, portanto, assim deve ser com o eleitor (ou será que este, estará a salvo desses tipos de violência com um político ficha suja prestes a se tornar um governante ou parlamentar?)

As penalidades para os atos de improbidade administrativa envolvem ressarcimento do dano, multa, perda do que foi obtido ilicitamente, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos (de 3 a 10 anos, conforme a hipótese) e proibição de contratar com o poder público. Portanto, ato de improbidade não é crime, muito embora, possa após condenação, vir a ser responsabilizado criminalmente em sede de Juízo competente.

Ora, se não é crime, o candidato que responde por improbidade administrativa tem o direito de não ser apontado na rua como "político safado, ladrão" e outros adjetivos similares até ser proferida a sentença final, mas da mesma forma que o suposto agressor da lei Maria da Penha, deve se manter afastado pelo menos 2.000 (dois mil) metros do dinheiro público.

*Tânia Regina de Matos - Defensora Pública do Estado de Mato Grosso
Fonte: Ecosdaserrra


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Folião preso denuncia acordão no carnaval de SP

Folião preso denuncia acordão no carnaval de SP

Foto: PAULO FISCHER/AGÊNCIA ESTADO

POLÍCIA INFORMA QUE OS DOIS PRESOS QUE RASGARAM ENVELOPES E INCITARAM VIOLÊNCIA REVELARAM "ACORDO DE CAVALHEIROS" PARA NENHUMA ESCOLA SAIR CAMPEÃ; MOCIDADE ALEGRE ESTAVA FATURANDO O TÍTULO SÓ COM NOTAS 10 ATÉ O MOMENTO DA CONFUSÃO; ESCOLAS ESTÃO REUNIDAS PARA DECIDIR SE APURAÇÃO SERÁ CANCELADA

21 de Fevereiro de 2012 às 20:27
247, com informações de agências - A Polícia Civil de São Paulo informa que os dois foliões presos nesta terça-feira, 21, revelaram um "acordo de cavalheiros" das escolas de samba de São Paulo para nenhuma agremiação sair campeã. O dirigente da Império da Casa Verde Tiago Ciro Tadeu Faria (foto), 29, e o torcedor da Gaviões da Fiel Cauê Santos Ferreira, 20, se envolveram no tumulto e acabaram detidos. Os dois vão responder pelos crimes de supressão de documento e depredação do patrimônio público.
De acordo com eles, o acordo foi uma resposta à mudança de última hora na escolha de jurados pela Liga das Escolas de Samba, efetuada na quinta-feira, 16. O presidente da Vai-Vai, Neguitão, foi um dos que incitaram a violência no sambódromo. Segundo o Estadão, ele disse: "Tá tudo vendidinhi, tá tudo vendidinho", referindo-se aos jurados.
As escolas de samba seguem reunidas para bater martelo sobre a apuração. Afinal, os votos serão cancelados? Em tempo: o regulamento da liga determina que escolas com integrantes envolvidos em "comportamento inadequado" estão fora da competição.