Dona Dilma se elegeu, foi ao segundo turno sem o menor risco, questão de
detalhes. Com essa minoria espantosa, Dona Dilma teve que se compor de qualquer
maneira, nesse ineficiente e atrasadíssimo presidencialismo-pluripartidário.
Com 29 partidos, alguns sem eleger ninguém, assim mesmo é preciso o popular
“toma lá dá cá”.
Geralmente “tomam” logo, e não “dão” nunca, não têm o poder de troca. Lula
enfrentou o mesmo problema nos dois mandatos. É urgente-urgentíssima (tipo de
voto que está na Constituição) uma reforma partidária séria, profunda, que
permita a um presidente governar sem precisar de 39 ministros, que já serão 40
no mês que vem.
Essa bagunça partidária é de tal ordem que o senador Crivella se licenciou
para assumir o Ministério da Pesca. Ridículo e absurdo, desapareceu. Esse setor
é importante, mas deveria fazer parte de um ministério, digamos o da
Agricultura.
Nada vale nada ou representa alguma coisa, nos compromissos de Dona Dilma e
do Planalto. No primeiro ano teve que demitir oito ministros, quase todos por
irregularidades, prática ou tolerância com a corrupção. Não puniu ninguém,
falou em “faxina”, o pluripartidarismo não permitiu mais do que o afastamento
do cargo, o mesmo partido indicando outro titular.
Assim gastou o primeiro ano, mais ou menos efêmero em matéria de realização.
O segundo, totalmente vazio, escuro, perdido. Inflação alta, não investimento,
infraestrutura desaparecida, o PIB inexistente, dispersão de todas as previsões
e esperanças.
Mas a oposição não apareceu, vir de onde? Dona Dilma está absoluta, em plena
campanha para a reeleição. A chamada oposição não tira seu sono, a preocupação
é interna e não externa.
Diante do fracasso ostensivo de 2012, Dona Dilma “passou recibo”, fez essa
afirmação, garantindo: “2013 será todo administrativo, política só em 2014”.
Mas logo, logo quebrou o pacto com ela mesma, “confidenciou” ao governador de
Pernambuco: “Serei candidata à reeleição em 2014”. Dentro do combinado, ele
divulgou amplamente a “confidência”. Nada contra ele, presidente não faz
confidência.
Agora, administrativamente 2013 já acabou. Dona Dilma está em plena campanha
eleitoral, no Planalto ou fora dele. Com isso, todos os partidos também se
jogaram nas ruas ou na televisão, fazem a mesma coisa, só que não têm a
responsabilidade de comandar um país.
O PSDB deveria ser o grande aglutinador de oposição, quase tão importante
quanto o governo. Só que o PSDB não consegue se aglutinar nem internamente. Os
mesmos personagens que integraram o retrocesso dos 80 anos em 8 de FHC. Vivem
acordados ou desacordados sem saber o que fazer. Pensam (?) em 2018, que parece
ser o objetivo geral, excluídos Lula e Dilma, presentes em 2013 para a
conquista de 2014.
O governo Dilma vai desmorando, nem precisa de oposição para isso. O PSDB,
sem nenhuma convicção ou identidade, ameaça (?) novamente com Serra, Alckmin ou
Aecio Neves, que corre o risco de se transformar em “jovem Mathusalem”. FHC já
confidenciou a amigos: “Se eu tivesse menos 6 ou 7 anos”.
Esse é um retratinho da política que se alastra pelo país. E
por falar em política, suja, como é comum, teremos que falar no Lula, que
acabou sendo escolhido como O ALGEMAS DE OURO, prêmio mais do que justo.
Atenção da Procuradoria federal, como vão as denúncias contra este indivíduo e
a favor do povo?