Carlos Newton
Como se sabe, “A roupa nova do rei” é um conto de fadas de autoria do
dinamarquês Hans Christian Andersen, e foi inicialmente publicado em
1837. Na história, o rei andava nu, mas todos fingiam que ele usava um
novo tipo de roupa. Até que um menino gritou que o rei estava nu.
No caso de Lula, que se considera o rei do Brasil, todos também
fingiam que ele usava alguma cobertura política, e só agora apareceram
duas mulheres para denunciar que ele na verdade está nu.
Primeiro, foi a senadora Marta Suplicy que enfrentou Lula, não foi ao
lançamento da candidatura de Fernando Haddad e se fechou em copas. E
agora a ex-petista Luiza Erundina também grita que o rei está nu.
Realmente, o estado de saúde psicológica de Lula inspira cuidados.
Tinha uma biografia que o transformara num dos mais importantes
políticos da História. Se ficasse quieto, sua imagem se fortaleceria
cada vez mais, o mito só tendencia a crescer. Porém, está claro que o
poder lhe subiu à cabeça. A egolatria o dominou inteiramente, julga-se
dono de tudo, faz o que bem entende e acha que tudo ficará por isso
mesmo.
Com isso, está desmoralizando e destruindo o PT, ao mesmo tempo em
que se dedica a demolir a própria biografia. Tornou-se uma espécie de Il
Duce de Garanhuns, um Napoleão de hospício, um Luís XIV em versão
petista, a se olhar no espelho e proclamar “L’Etat c’est moi”, como se
alguém pudesse ser dono do Estado.
Lula parece que não tem jeito. Enquanto não acabar com o PT e com a
própria biografia, ele não sossega. Sua confraternização com Paulo Maluf
foi tão grave e constrangedora que desanimou a legião de internautas
mobilizados por José Dirceu e Rui Falcão para defenderem o governo, o PT
e os mensaleiros na internet. O silêncio deles falou mais alto, digamos
assim.
E já ia esquecendo: o enriquecimento também lhe fez mal, parece que
passou uma borracha em seu passado. Será que ele ainda recebe aqueles R$
13 mil mensais como assessor do PT, de carteira assinada e tudo o mais?
Se ainda recebe, era só o que faltava…
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