Marcha para Jesus (à esq.) reúne 1,5 milhão de pessoas em SP, marca posição contra a união homoafetiva e o uso da maconha; com bandeiras opostas, simpatizantes do movimento LGBT prometem juntar, no domingo, um público duas vezes maior
247 _ Primeiro os cristãos, que hoje saíram as ruas de São Paulo em grande número – 1,5 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram da Marcha para Jesus, organizada pela igreja Renascer. Depois, os gays, que no domingo 26 fazem a 15ª Parada do Orgulho LGBT – e prometem juntar um público até duas vezes maior. Nessa competição, de saída ganha a democracia.
Embalados por trios elétricos e mais de 30 conjuntos musicais, os participantes da Marcha para Jesus defenderam, sem incidentes, a proibição da união homoafetiva, recentemente aprovada pelo Supremo Tribunal Federal, e se posicionaram contrariamente à descriminalização da maconha, bandeira que vem sendo hasteada por milhares de jovens em todo País. Liderado pelo casal Sônia e Estevam Hernandes, que já cumpriu pena de prisão nos Estados Unidos por entrada ilegal de divisas, a Marcha atraiu mais de 200 caravanas saídas de diferentes regiões brasileiras.
No domingo, a Parada Gay promete ir na direção contrária, com efusivas saudações à sentença do STF e, muito provavelmente, abrindo bons espaços de defesa para a canabis saativa. O prefeito Gilberto Kassab e a senadora Marta Suplicy, entre outros políticos e personalidades, são aguardados como destaques do evento.
Atenta à movimentação que o evento gay desperta – os hotéis paulistanos, por exemplo, tiveram, no período, em 2010, taxa de ocupação de 74% --, a Prefeitura anunciou um plano especial de limpeza da região da Paulista para ser deflagrado imediatamente após a sua dispersão. Inserida no calendário oficial turístico da cidade de São Paulo, a Parada atraiu, no ano passado, 400 mil visitantes, de outras partes do Brasil e do exterior, segundo dados oficiais da SPTuris, e foi responsável pela injeção de R$ 180 milhões no comércio da cidade.
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