quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PM vai avaliar o desempenho dos oficiais. Mas fica faltando investigar também o enriquecimento ilícito.

Carlos Newton
A presença do coronel Erir Costa Filho no comando da Polícia Militar do Rio de Janeiro é oportuna e salutar.Em versão PM, ele é uma espécie de sósia do delegado Manoel Vidal, que se notabilizou na Polícia Civil estadual como exemplo de profissional sério e incorruptível;
O recém-nomeado comandante da PM agora promete implantar uma nova metodologia para avaliar os chefes de batalhões e seus oficiais subordinados. A cada seis meses eles receberão conceitos como excelente, muito bom, bom, regular e insuficiente, em suas fichas funcionais.
“A pró-atividade vai ter que vir de cima para baixo. Os líderes têm que dar o exemplo” – frisou o comandante, em declarações ao repórter Sergio ramalho, de O Globo.
Para implantar o critério de avaliação, o coronel Costa Filho pretende rever o atual regulamento de promoções da corporação. As avaliações serão feitas pelos comandantes dos batalhões, que também terão seus desempenhos analisados por seus superiores – os comandantes de área.
A cada semestre, os comandantes serão obrigados a dar conceitos à atuação dos oficiais subordinados – capitão, major e tenente-coronel. Essas avaliações serão monitoradas pela Seção de Promoções, setor que vai ganhar fôlego com maior investimento na estrutura de pessoal e equipamentos.
No boletim de desempenho, quem levar o conceito mais baixo duas vezes será submetido ao Conselho de Justificação, que julga oficiais, e pode acabar no banco de reserva da PM. A medida tem objetivo didático, pois vai exigir mais empenho dos que ocupam o topo da pirâmide hierárquica da corporação, gerando um efeito cascata sobre a tropa.
É bom lembrar também que há duas semanas, diante da crise da Polícia no Rio de Janeiro, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse pretender investigar os sinais aparentes de riqueza de policiais da banda podre das duas corporações, Civil e Militar.
Mas será mesmo que isso vai acontecer? È tão difícil identificar sinais de riqueza em policiais? Muito pelo contrário,  basta comparecer a qualquer Batalhão da PM e olhar para os carros estacionados. Como é que um soldado da PM tem condições financeiras para comprar um Honda Civic? Como é que um tenente da PM pode comprar uma camionete Tucson? Recorde-se que recentemente um tenente foi morto a tiros dentro de sua Tucson, e não se comentou nada a respeito do enriquecimento dele.
Não é difícil saber quem leva e quem não leva. Basta conferir onde mora e quais são os bens de que desfruta, os quais podem estar declarados em nome de laranjas. Simples assim, como ensina o delegado Manoel Vidal, que se notabilizou como o mais severo corregedor da Polícia Civil, em toda a história da corporação. e depois tornou-se um Chefe de Polícia exemplar.

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