Akemi Nitahara
Agência Brasil
Passados 25 anos da criação do modelo de estruturação do Sistema
Único de Saúde (SUS), feito a partir da Constituição Federal de 1988, o
projeto não saiu do papel. A opinião é do presidente do Sindicato dos
Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ), Jorge Darze.
“No Rio de Janeiro o que está faltando é implantar o SUS. Na verdade o
que nós temos é um arremedo de SUS, nós ainda temos no Rio de Janeiro
as três esferas de governo fazendo a gestão de suas próprias unidades,
cada uma olhando para o seu umbigo, esquecendo que o sistema é único”,
disse o sindicalista.
A subsecretária de Unidades Próprias da Secretaria de Estado de Saúde
(SES), Ana Lucia Eiras das Neves, admite que ainda falta muito para o
sistema funcionar perfeitamente, mas destaca que o atendimento melhorou
muito nesses 25 anos. “Houve um avanço, a estruturação lógica de rede,
de regulação, de organização de serviços, de oferta. No momento temos um
cenário em que os serviços estão sendo oferecidos, os municípios estão
investindo em atenção básica. As demandas ainda continuam muitas, mas já
houve um avanço”.
Para ela, a principal melhoria foi a universalização do atendimento.
“O sistema agora é único, ou seja, toda a população pode utilizar, o que
é um avanço em relação ao modelo anterior e até em relação a muitos
países mais desenvolvidos. Nós temos que continuar investindo, a parcela
precisa aumentar, as demandas são crescentes, há um envelhecimento da
população, há um avanço de tecnologia, com custos crescentes e a gente
precisa melhorar na questão do financiamento”, admite a subsecretária.
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