
Atrás somente de Dilma nas pesquisas, ex-senadora
corre contra o tempo para viabilizar sua Rede se não quiser se submeter a
outra legenda. A presidenciável, que foi a única candidata no campo da
oposição que avançou, pediu uma audiência com a corregedora-geral da
Justiça Eleitoral, Laurita Vaz, para buscar uma solução para o atraso de
certificações de assinaturas nos cartórios. Até 5 de outubro, ela ainda
precisa validar o apoio de 300 mil eleitores
A ex-senadora Marina Silva, que deixou
para trás o candidato do PSDB, Aécio Neves, nas pesquisas sobre a
disputa presidencial de 2014, corre o risco de ficar sem partido. Ela
enfrenta dificuldade para criar sua Rede Sustentabilidade. Para ser
candidata pelo seu novo partido, terá que registrar a legenda no
Tribunal Superior Eleitoral até 5 de outubro. No entanto, o prazo
considerado seguro para que o processo de criação do partido seja
concluído é até o final de agosto.
Apesar de a Rede já ter coletado cerca de 850 mil assinaturas e
apresentado cerca de 550 mil aos cartórios eleitorais — mais do que as
491.656 necessárias —, apenas cerca de 200 mil foram certificadas.
“Até o final da semana, chegaremos a 600 mil assinaturas entregues
aos cartórios. Nós estamos cumprindo os prazos. Coletamos as assinaturas
dentro dos prazos, encaminhamos para os cartórios dentro dos prazos,
mas, infelizmente, uma parte dos cartórios não consegue atender o prazo
de 15 dias para dizer se aquela ficha está certificada ou não. Alguns
deles estão extrapolando em muito estes prazos”, lamentou Marina Silva
em Brasília, no encontro da direção da futura legenda.
Marina pediu uma audiência com a corregedora-geral da Justiça
Eleitoral, Laurita Vaz, para buscar uma solução para o atraso, que pode
se dar por causa dos problemas nos cartórios.
Os resultados da mais recente pesquisa do Datafolha, publicados
ontem, mostram que o senador mineiro perdeu quatro pontos no cenário
mais provável. Marina Silva foi a única candidata no campo da oposição
que avançou, indo de 23% para 26%, atrás apenas da presidente Dilma
Rousseff, que tem 35%. Marina cresceu três pontos percentuais desde a
última pesquisa.
O cenário aumenta pressões sobre Aécio dentro do partido. Na hipótese
em que foram testados juntos, José Serra e Aécio, somados, praticamente
empatam com Marina. Separados, Serra tem desempenho pouco melhor que o
de Aécio, mas o mineiro, quando testado sem o rival interno, não
consegue atrair todos os seus votos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário