"Professor pode ser indiciado", diz Haddad sobre Enem
“SÃO INFORMAÇÕES PRELIMINARES, MAS QUERO CRER QUE O INQUÉRITO ESTEJA AVANÇADO", DISSE MINISTRO DA EDUCAÇÃO, EM RELAÇÃO A PROFESSOR DE CURSINHO QUE TERIA VAZADO QUESTÕES DO EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
Evam Sena _247, em Brasília – O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou aos deputados da Comissão de Educação e Cultura da Cãmara, que o professor que supostamente copiou questões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) durante a fase de pré-teste e as divulgou para colégio do Ceará poderá ser indiciado pela Polícia Federal.
“São informações preliminares, mas quero crer que o inquérito esteja avançado. É uma informação preliminar, mas a informação é desse envolvimento de um professor de cursinho. Esses indícios estão sendo confirmados e, se forem confirmados, não há outro caminho a não ser a responsabilização”, afirmo Haddad.
Na fase de elaboração do Enem, o pré-teste é aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) em alunos do terceiro ano do Ensino Médio para avaliar o grau de dificuldade de questões que podem compor o exame. Segundo Haddad, o pré-teste é a “maior preocupação” do ministério para a logística do Enem. “Hoje a maior preocupação do MEC é com a aplicação, sobretudo o pré-teste. É o elo mais vulnerável. Não há como evitar que o ser humano cometa erros”, declarou.
Comparando o Enem com o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Haddad afirmou que o exame aplicado a estudantes que concluíram o ensino médio não está imune a “práticas criminosas”. A prova já enfrentou furtos, erros de impressão, vazamento de questões e divulgação de dados sigilosos. “O exame da Ordem tem quantos anos? A Operação Tormenta, da Polícia Federal, dá conta do número de concursos (alvo de fraudes)”, declarou.
Cogitado para acompanhar Haddad na audiência, o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, não foi. Segundo o ministro, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, chegou a pedir que o AGU o acompanhasse, mas Haddad afirmou que não seria necessário. O ministro estimou que mais de 100 mil vagas em universidades públicas serão preenchidas em 2012 por meio do Enem.
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