quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Jobim irritou Dilma e Lula, decepcionou a si mesmo, assustou a oposição

Pedro do Coutto
Foi um desastre político completo, comportamento inacreditável de um homem que foi ministro e até presidente do Supremo Tribunal Federal. Com as declarações que fez à Revista Piauí, o ex ministro da Defesa, ao mesmo tempo e em poucas palavras, irritou a presidente Dilma, o ex-presidente Lula, irritou as ministras Ideli Salvati e Gleisi Hoffmann, decepcionou a si mesmo e, ainda por cima assustou a oposição. Esta admitiu existir no ataque do ex-titular da Defesa algo semelhante às pregações de Carlos Lacerda, no passado, sempre que perdia uma eleição. Aí está o motivo, a meu ver, do silêncio dos líderes do PSDB, DEM e PPS. Ditadura nunca mais, foi o pensamento silencioso, mas reflexivo de toda a classe política.
Nelson Jobim vinha insistindo em desencadear uma crise, com seus sucessivos pronunciamentos contra o próprio governo a que pertencia. Parecia um líder oposicionista em busca de uma radicalização que só existia em sua mente. Assim como Lacerda agiu no passado. Em 1950, Getúlio Vargas não podia tomar posse.  Em 55, JK não podia assumir o governo. Em 1960, ele venceu nas urnas com Jânio Quadros. Aí não disse nada. Até a crise de agosto com a condecoração de Che Guevara. Jânio renunciou, Carlos Lacerda voltou-se contra a posse de João Goulart.
Em 1965, Lacerda, então governador da Guanabara, apoiou Flexa Ribeiro para seu sucessor. Perdeu por maioria absoluta. Negrão de Lima, vitorioso, não podia tomar posse. Quer dizer: em quatro eleições, das quais em três esteve no lado derrotado, o vencedor não podia tomar assumir. Carlos Lacerda era um gênio, ídolo de classe média. Foi um administrador extraordinário no Rio. Mas democrata, como os fatos provam, nunca foi.
A oposição a Dilma e Lula, aliás o pouco que resta dela, temendo uma proposta de novo apelo aos quartéis, características lacerdistas, puxou o freio de mão e, como é lógico, evitou tornar-se agente de um projeto de ruptura institucional. Pois quem monta num tigre, afirmou certa vez o deputado Hermano Alves, não sabe quando pode descer.
Em 1964, por exemplo, Lacerda, muito mais que Magalhães Pinto, foi o principal líder da revolução que derrubou o presidente João Goulart. Mas acabou cassado, em dezembro de 68, pelo movimento que liderou. A experiência da história é a melhor conselheira.
A insurreição de 31 de março partiu da classe média. Tal mobilização esgotou-se no outono de maio. A perspectiva de poder escapava de Carlos Lacerda e portanto da classe média. Deslocava-se para o poder militar em aliança com os sistemas econômicos liderados primeiro por Roberto Campos, depois por Delfim Neto, e com o universo de tecnocracia.
Em vez de distribuição de renda, ao contrário, concentração. A massa salarial pesava 60% do PIB. A remuneração do capital 40. Encerrado em 85, com a posse de José Sarney, o ciclo dos generais no poder, a massa dos salários recuou para 40. A remuneração do capital avançou para 60%. Inverteu-se a pirâmide. Com isso, o processo de 64 inviabilizou-se eleitoralmente. Consequência: fim do voto direto.
O povo passou 25 anos sem eleger o presidente da República pelo voto direto. E dezoito anos sem eleger democraticamente os governadores dos Estados. Vale lembrar que João Figueiredo foi quem convocou as eleições estaduais em 82. Registro indispensável para a história. Com todo esse elenco de exemplos, a oposição tem razões de sobra para o silêncio. Mas eu disse no início que Nelson Jobim decepcionou a si mesmo. Fato. Tanto assim que tentou desmentir a própria entrevista. Se não tivesse se decepcionado consigo próprio, não recuaria. Pelo contrário. Iria em frente. Não foi isso o que fez.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Aloysio Nunes desafia Dilma a tocar no PMDB



Aloysio Nunes desafia Dilma a tocar no PMDBFoto: JOSE CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

SENADOR DO PSDB COBROU PARA O MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DE WAGNER ROSSI, O MESMO TRATAMENTO DISPENSADO PELA PRESIDENTE AO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES



O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) desafiou hoje a presidente Dilma Rousseff a agir com o PMDB da mesma forma como fez com o PR, que perdeu 28 servidores por conta da primeira faxina realizada na sua equipe ministerial. "Vamos ver se a presidente está realmente disposta a fazer o que ela chamou de faxina", afirmou. "Ela mexeu com o PR, será que terá a coragem de enfrentar os problemas do PMDB?", questionou.
No seu entender, o governo enfrenta o impasse de encontrar "coisas ruins" em qualquer lugar que mexer. No caso específico do Ministério da Agricultura, Aloysio Nunes lembra que a exoneração do ex-secretário-executivo Milton Ortolan "logo de cara" demonstra que a situação na pasta é pior do que mostra a reportagem da revista Veja sobre a cobrança de propina de contratos da pasta. "Se o assessor direito do ministro saiu logo de cara, é porque tem coisa mais grave lá dentro", afirmou.
O senador disse que falta à presidente Dilma um comportamento transparente em substituição à atitude adotada até agora, de "dar uma no cravo e outra na ferradura". "A presidente tirou muitas pessoas do Ministério dos Transportes mas, ao mesmo tempo o governo se esforçou para retirar as assinaturas e impedir uma CPI para apurar irregularidades na pasta", criticou. "Em matéria de corrupção, o governo está na seguinte situação, como se diz lá no interior: cada machadada, uma minhoca", provocou.
O senador tucano diz acreditar que o Planalto não deveria ter dificuldades em fazer algo contra o PMDB, se tivesse uma regra uniforme de ação. "Se o governo define uma regra, essa regra tem de ser igual para todos e dentro do PMDB tem gente muito boa que quer fazer política corretamente, não há porque ter medo de punir os maus feitos", alegou.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

TRE-RJ diplomará prefeito de Magé nesta terça-feira

Posse de Nestor Vidal deve acontecer no dia seguinte, garante o presidente do Tribunal

Rio - O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro divulgou que vai diplomar o prefeito eleito de Magé, na Baixada Fluminense,  Nestor Vidal, nesta terça-feira, às 16h, em sessão extraordinária no Plenário da Corte. O TRE-RJ incluiu no Calendário Eleitoral das eleições suplementares do município a data da posse, que deverá acontecer na quarta-feira, acolhendo um pedido da Procuradoria Regional Eleitoral.
Depois de vencer eleição suplementar, Nestor Vidal será diplomado | Foto: Carlo Wrede/ Agência O Dia
O presidente do TRE-RJ, desembargador Luiz Zveiter, entendeu que o novo prefeito deveria assumir o cargo em até 24 horas após a cerimônia de diplomação. "Montamos a estrutura para que a prestação de contas seja examinada e julgada em 24h, o que permite que a diplomação seja na terça-feira e a posse, na quarta", justificou o presidente. As contas do candidato eleito, Nestor Vidal, foram julgadas e aprovadas na sexta-feira.

O presidente do TRE-RJ, desembargador Luiz Zveiter, propôs que a solenidade de posse ocorresse na quarta-feira, dia 10, para atender, com o máximo de agilidade, o anseio popular expresso na votação suplementar. Caso a Câmara Municipal desobedeça a determinação do TRE-RJ, um procedimento criminal vai ser aberto contra o presidente da Câmara, vereador Anderson Cozzolino. Ele também vai ser previamente intimado para cumprir a decisão.
Lavagem de escadarias
O prefeito eleito de Magé, Nestor Vidal, vai promover uma lavagem das escadarias da sede da prefeitura como primeiro ato político nesta quarta-feira, quando assumirá o município. O ato, marcado para as 8h, simboliza a mudança da administração, que ficou por mais de 20 anos sob a direção da família Cozzolino. No mesmo dia, Nestor realizada a festa popular da posse às 17h.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Câmara convida o ministro Paulo Bernardo para explicar as acusações sobre envolvimento em negociações para obras ferroviárias e rodoviárias

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou requerimento para que o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) dê explicações na Câmara sobre seu envolvimento em negociações de contratos para obras rodoviárias e ferrovias, principalmente no Paraná.

O documento foi aprovado após acordo entre base e oposição para transformar a convocação em convite. Ou seja, Paulo Bernardo comparece à Casa apenas se quiser. O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), no entanto, afirmou que todos os ministros estão dispostos a comparecer para se explicar no Congresso, o que é um paradoxo, já que a base aliada, por pressão do governo, tem impedido a convocação de alguns deles .
Autor do requerimento, o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), citou uma entrevista dada à Folha pelo ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Insfraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot,  no auge da crise, quando afirmou que o órgão não “inventa orçamento”.
“O Pagot disse que ele [Paulo Bernardo] era responsável por todas as obras, principalmente no Paraná, quando era ministro do Planejamento. Então, queremos ouvi-lo sobre isso”, explicou Macris.
Além de Paulo Bernardo, a Comissão de Fiscalização aprovou, nesta quarta-feira, requerimento de convite para o ministro Paulo Passos (Transportes) ser inquirido, também por causa das suspeitas de irregularidades na pasta. Como se sabe, Passos acaba de ser acusado pelo ex-ministro Alfredo Nascimento de ter sido responsável pelas irregularidades nos Transportes no ano passado, quando assumiu o ministério, a partir de maio, na época em que Nascimento esteve participando da última campanha eleitoral.
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OUTROS MINISTROS TERÃO QUE SE EXPLICAR
O acordo entre base e oposição é para que os ministros Mário Negromonte (Cidades), Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente) também compareçam à Câmara para explicar possíveis focos de corrupção em seus ministérios.
Mas o governo não aceitou o convite ao ministro Edison Lobão (Minas e Energia). Eles querem que o presidente da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Haroldo Lima, explique as acusações no órgão. O PMDB alega que Lobão não tem competência para decidir sobre assuntos da ANP. Será?
Também não tem o apoio do governo o pedido de uma audiência pública com Jorge Hage, da Controladoria-Geral da República, para explicar “as causas e consequências do aumentos dos casos de corrupção em órgãos do governo federal”. Certamente porque Hage teria de levar vários dias para conseguir explicar não somente por que estamos nessa situação constrangedora, mas também por que nenhuma providência é tomada para punir os corruptos.
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REQUIÃO ACUSOU BERNARDO E VOLTOU ATRÁS?
Em fevereiro de 2010, o então governadorr Roberto Requião fez uma grave denúncia contra Paulo Bernardo. Acusou o então ministro do Planejamento de tentar superfaturar em cerca R$ 400 milhões um projeto de construção de um ramal ferroviário no interior do Estado.
Segundo Requião, que fez as declarações em reunião com seu secretariado, transmitida pela TVE estadual, a obra sairia por R$ 150 milhões, mas Bernardo disse a ele que o custo seria de R$ 550 milhões.
“O que você está me propondo é o seguinte, Paulo Bernardo: eles recebem R$ 550 milhões [a empresa ALL, que detém concessões de ramais no Estado] e o governo federal abre mão das prestações. Então, ministro, anote aí: eu não concordo. Se isso for feito, eu denuncio imediatamente”, revelou Requião, que depois voltou a reiterar em nota oficial as denúncias contra o ministro.
Bernardo abriu processo por calúnia, mas Requião repetiu a acusação em abril, já como senador, em discurso da tribuna. No mês passado, o advogado de Bernardo afirmou ao blog do jornalista Josias de Souza que Requião teria proposto um acordo, querendo pagar R$ 15 mil a Bernardo, mas o ministro insistiria em receber R$ 100 mil, vejam que situação.  
A ser verdadeira a informação de que Requião quer se retratar no Supremo, Bernardo contaria com uma poderosa arma para se livrar das acusações, mas na realidade até agora o tal acordo judicial não foi fechado.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Terra já teve duas luas, dá para acreditar?

Terra já teve duas luas,   dá para acreditar?
Foto: DIVULGAÇÃO

ESTA É UMA TEORIA PUBLICADA HOJE NA PRESTIGIADA REVISTA NATURE; PESQUISADOR ACREDITA QUE OS SATÉLITES COLIDIRAM; FICOU SOBRE NÓS A QUE ERA MAIOR; FAZ SENTIDO?

A Terra um dia teve duas luas, até que um dos satélites cometeu o erro de colidir com sua irmã maior, teorizam astrônomos na mais recente edição da publicação científica Nature. O resultado dessa colisão foi que a Terra ficou com um satélite apenas, maior e um tanto assimétrico.
Os autores da teoria desenvolveram essa hipótese enquanto tentavam explicar por que o lado escuro da lua é muito mais escarpado do que sua face iluminada. A teoria é acompanhada de uma ilustração do impacto e de uma simulação gráfica em computador que mostra como teria acontecido a colisão.
Especialistas que não participaram da pesquisa observaram que a ideia faz sentido, mas ainda não estão totalmente convencidos.
Tudo isso teria acontecido há 4,4 bilhões de anos, muito antes de existir alguma forma de vida na Terra capaz de observar o céu com duas luas ou de fazer um registro disso.
Os dois satélites eram relativamente jovens na época. Eles haviam se formado cerca de 100 milhões de anos antes, quando um planeta gigante chocou-se com a Terra. As duas luas passaram então a orbitar a Terra, com a menor no rastro da maior.
A lua maior era três vezes mais larga e 25 vezes mais pesada, gerando um campo gravitacional irresistível para o satélite menor.
"Elas estavam destinadas a colidir. Não havia saída. Houve um grande impacto em baixa velocidade", explica Erik
Asphaug, cientista da Universidade da Califórnia em Santa Cruz e coautor do estudo.
Trata-se de uma "baixa velocidade" relativa, já que ocorreu a mais de 8.000 quilômetros por hora, mas é uma velocidade bem reduzida quando se fala em uma colisão planetária, afirma Asphaug.
A colisão foi tão lenta que as rochas nem ao menos se fundiram. Logo a seguir, quando tudo se assentou, as duas faces da Lua ficaram muito diferentes uma da outra, disse o cientista.
O coautor Martin Jutzi, da Universidade de Berna, na Suíça, disse que a intenção do estudo era descobrir o motivo pelo qual o terreno da face oculta da Lua é tão montanhoso em relação ao outro lado do satélite.
Segundo Asphaug, parecia que algo havia se acrescentado à superfície, de modo que eles começaram a efetuar, no computador, simulações de choques cósmicos.
A teoria foi o assunto do dia em uma conferência da agência aeroespacial norte-americana (Nasa, por suas iniciais em inglês) em Woods Hole, Massachusetts, relatou Jay Melosh, da Universidade Purdue. "Não conseguimos encontrar nada de errado" com a teoria, disse ele.
Alan Stern, que já foi vice-diretor da Nasa para assuntos científicos, qualificou a nova ideia como "muito engenhosa", mas observou que não será muito fácil testá-la para corroborá-la.
A possibilidade de uma segunda lua, no entanto, extrapola a ciência, observa Todd Davis, poeta e professor de literatura. "Isso vai chamar a atenção. Eu mesmo provavelmente vou sonhar com isso e acabarei tentando trabalhar num poema", comentou.

Ítalo Rossi morre aos 80 anos

A informação só foi liberada para a imprensa no final da noite pelo sobrinho de Ítalo, Humberto Rossi. O corpo deverá ser sepultado às 16h desta quarta-feira (3), no Cemitério do Caju. Na televisão, Ítalo Rossi começou sua carreira em 1963, e sua primeira novela na Rede Globo foi Bravo, de Janete Clair. Durante todos esses anos de carreira, na maioria das vezes interpretou personagens coadjuvantes. O trabalho no humorístico Toma Lá Dá Cá, ganhou grande reconhecimento e notoriedade, 45 anos após o início de sua carreira, interpretando o homossexual Seu Ladir.

*oglobo
 
Ítalo é Ladir
Ítalo é Ladir / Foto: arq/oglobo
Italo com Renata
Italo com Renata / Foto: Arq.OBV
Ítalo Rossi
Ítalo Rossi / Foto: Arq. Jornal O Barriga Verde
Ítalo Balbo Di Fratti Coppola Rossi, ou apenas Ítalo Rossi (Botucatu, 19 de janeiro de 1931 - Rio de Janeiro, 2 de agosto de 2011) foi um dos grandes atores brasileiros.
Fez participações importantes em novelas como Escrava Isaura, Araponga, Senhora do Destino e Belíssima. Também foi o Rei Minos no episódio "O Minotauro" do Sítio do Picapau Amarelo em 1978. Seu último papel marcante na TV foi no humorístico Toma Lá, Dá Cá (2008), da Rede Globo, onde interpretou Seu Ladir que popularizou o bordão "É mara". 
Consagrado como um dos maiores nomes da história do teatro brasileiro, Ítalo Rossi não morreu trabalhando no palco, seu lugar preferido, mas quase. Ele começaria nesta quarta-feira a dirigir uma nova peça, com Ester Jablonski e jovens atores. Ontem à noite, sua morte foi anunciada pela atriz Débora Duboc ao público que assistia, no Teatro dos Quatro, à estreia de "O homem, a besta e a virtude", cuja única versão anterior no Brasil fora feita em 1962 com Ítalo, Fernanda Montenegro e Sérgio Britto no elenco.

A peça do italiano Luigi Pirandello foi uma das representadas pelo ator numa das grandes fases de sua carreira: os anos em que integrou a companhia Teatro dos Sete, entre 1959 e 1965. A histórica montagem de "O mambembe", de Artur de Azevedo, no Teatro Municipal, foi o marco inicial de um período glorioso em que Ítalo atuou em outros espetáculos importantes, como "Com a pulga atrás da orelha", de Georges Feydeau, e "O beijo no asfalto", de Nelson Rodrigues.

O paulista de Botucatu só fez seu grande lançamento profissional aos 25 anos, com "A casa de chá do luar de agosto", no Teatro Brasileiro de Comédia. Recebeu um prêmio de revelação da Associação Brasileira de Críticos Teatrais.

Nos anos seguintes, voltaria a ganhar papéis (que lhe renderiam prêmios) em "Vestir os nus", de Pirandello, "Um panorama visto da ponte", de Arthur Miller, e outras peças. A consagração em forma de troféus veio nas décadas de 70 e 80, com quatro Molières, então a principal premiação do teatro brasileiro, com as peças "A noite dos campeões" (1975), "Quatro vezes Beckett" (1985), "Encontro com Fernando Pessoa" (1986) e "Encontro de Descartes e Pascal" (1987).

Após trabalhar com Gerald Thomas, voltaria nos anos 90 a se unir a um diretor bem mais jovem, Moacyr Góes, com quem atuou em "Antígona", "Comunicação a uma academia" e "O doente imaginário". Em filmes e novelas, nunca teve o reconhecimento conquistado no teatro, mas fez personagens que caíram no gosto popular, como Ladir Miranda, de "Toma lá, dá cá", da TV Globo. Em janeiro passado, lançou a biografia "Ítalo Rossi: Isso é tudo".
  • Filmografia
2008 - Sexo Com Amor? - Padre Alcelmo
2003 - Maria, mãe do filho de Deus - Caifás
1997 - A grande noitada - Butuca
1989 - Doida demais
1979 - A república dos assassinos
1979 - O bravo guerreiro
1968 - Desesperato
1968 - O Engano
1967 - Cara a Cara
1967 - A derrota
1966 - Paraíba, vida e morte de um bandido
1965 - Society em baby-doll
1958 - E o espetáculo continua - Quincas
1957 - O pão que o Diabo amassou
1954 - Destiny in Trouble
1954 - A sogra
1953 - Esquina da ilusão
1953 - O Homem dos papagaios
1953 - Uma vida para dois
1991 - SD do forcas armadas !
  • Televisão
2008 Toma Lá, Dá Cá - Ladir Miranda
2005 Belíssima - Dr. Fernando Medeiros
2005 - Mandrake - Dr. Graff
2004 Senhora do Destino - Alfred
2003 Kubanacan - Trujillo
2002 Coração de Estudante - Juiz Bonifácio
2000 Esplendor - Vicente
1998 Serras Azuis - Eleogadário (Rede Bandeirantes)
1995 Engraçadinha, seus amores e seus pecados - Dr. Phocion
1993 Olho no Olho - Ferreira
1990 Araponga - Zaca
1988 Chapadão de Bugre - Damasceno Soares (Rede Bandeirantes)
1985 Tudo em Cima - Dr. Evandro Sena (Rede Manchete)
1984 Transas e Caretas - Gilberto (Braga)
1983 Parabéns pra Você - Vice-reitor
1981 Brilhante - Delegado
1978 Sítio do Picapau Amarelo - Rei Minos..."O Minotauro"
1976 Escrava Isaura (1976) - José
1976 Vejo a lua no céu - Jacinto
1975 Bravo - Paes Duarte
1972 Jerônimo, o herói do sertão - Coronel Saturnino Bragança (TV Tupi)
1970 E nós, aonde vamos (TV Tupi)
1969 Um gosto amargo de festa (TV Tupi)
1965 Padre Tião - Padre Tião
1964 Sonho de Amor (TV Rio)
1964 Vitória (TV Rio)
1963 Pouco amor não é amor
1963 A morte sem espelho

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Petrobras pode vender ativos para aumentar o caixa

Petrobras pode vender ativos para aumentar o caixa
Foto: DIVULGAÇÃO

presidente josé sérgio gabrielli

AFIRMA PARA INVESTIDORES EM LONDRES QUE EMPRESA PRECISA DE US$13,6 BILHÕES PARA CUMPRIR METAS DE INVESTIMENTO



247_com agências internacionais – A Petrobras anunciou há alguns dias um audacioso plano de investimento de US$ 224,7 bilhões para os próximos quatro anos. Mas, para que esse projeto tenha sucesso, a empresa precisa aumentar seu caixa. O presidente José Sérgio Gabrielli, em encontro com investidores em Londres nesta segunda-feira 1º, afirmou que a companhia pode vender partes de suas licenças de exploração no Brasil e em algumas partes do mundo para conseguir US$ 13,6 bilhões. Esse montante seria a soma de novos recursos com corte de custos.
“Nós temos uma série de blocos em exploração e desenvolvimento que nós podemos transferir os direitos de concessão dentro e fora do Brasil, mas principalmente fora do País”, disse Gabrielli, de acordo com a Bloomberg. “O segundo tipo de ativo é a participação que nós temos em diversas companhias”, completou o presidente.
As especulações apontam que a empresa petroquímica Braskem seria a primeira opção de venda da Petrobras. Com 21,7% do capital da companhia, a Petro poderia negociar um bom valor pela empresa que tem valor de mercado de quase US$ 9 bilhões. A dúvida é se haveria interessados em adquirir essa gorda fatia pela empresa que transforma os derivados do petróleo em resina plástica.
A Braskem não está na lista dos ativos mais atrativos da Petrobras, ao contrário dos projetos de exploração internacionais no Golfo do México, Nigéria e Angola. No México, por exemplo, a companhia brasileira detém 20% da área de prospecção Tiber, que tem capacidade estimada de produção de 1 bilhão de barris, o que faz dela a maior descoberta no golfo mexicano em mais de uma década.
No encontro com investidores em Londres, Gabrielli não especificou nem determinou qualquer um dos caminhos – se venderá um ativo brasileiro ou internacional. Ele disse, apenas, que essas são as alternativas da Petrobras para aumentar o seu caixa. O que Gabrielli acendeu, porém, foi o rastro de pólvora da especulação.